Esta manhã, sentado no 'cockpit' de um carro de corrida, em Leiria, Pedro Nuno Santos foi confrontado com o 'slogan' de campanha da IL -- 'acelerar Portugal' -- e considerou que Rui Rocha "acelerava era contra a parede".
Em reação a estas declarações, o líder da IL considerou esta tarde, após uma visita a uma empresa de vestuário em Mangualde, distrito de Viseu, que é Pedro Nuno Santos quem tem "toda a responsabilidade de ter trazido Portugal contra várias paredes".
"Na habitação, falhou, trouxe uma crise profundíssima à habitação. Foi ministro das Infraestruturas, foi contra uma parede, mas é mesmo uma única parede porque, depois, não temos telhados, não temos alicerces, portas, janelas, porque não temas casas. Pedro Nuno Santos prometeu casas aos portugueses e elas não apareceram", criticou.
Sobre a ferrovia, Rui Rocha considerou que o balanço de Pedro Nuno Santos também foi "um falhanço".
"Mais uma parede. Depois de anos no Ministério das Infraestruturas, deixou mais um quilómetro em exploração do que aquilo que havia quando entrou e aqui esta zona [Viseu] sabe bem disso, porque temos aqui linhas que demoram muitos anos, muito para lá daquilo que seria de esperar, a serem remodeladas", disse.
O líder da IL considerou assim que "as paredes de Pedro Nuno Santos foi ele próprio que as criou, foi ele próprio que embateu nelas."
"Foi ele próprio que criou as condições para não poder ser primeiro-ministro, porque não foi um bom ministro das Infraestruturas", afirmou.
Rui Rocha gracejou ainda que, no dia de hoje, houve dois Pedros que reagiram a mensagens da IL: Pedro Passos Coelho ao falar em necessidade de reformismo e Pedro Nuno Santos ao abordar o 'slogan' da IL.
"As ideias fazem o seu caminho, nós estamos a influenciar já a política portuguesa", ironizou.
Interrogado se considera que Pedro Nuno Santos está a fazer estes ataques devido a sondagens desfavoráveis para o PS, Rui Rocha disse que isso parece-lhe evidente, acusando a esquerda de estar passar "mais tempo a criar fantasmas e ataques" do que a apresentar soluções.
"Nós não podemos passar a vida a lamentar que o país não atingiu os níveis de prosperidade e sistematicamente depois adotar as políticas que Pedro Nuno Santos e a esquerda defendem e que foram incapazes, ao longo destas décadas que levamos desde o 25 de Abril, de diminuir a pobreza no país, de trazer prosperidade, autonomia, dar liberdade às pessoas de fazerem as suas escolhas", sustentou.
O líder da IL disse ficar confortável quando vê que as sondagens indicam que o seu partido "está a crescer" e que a sua "mensagem está a passar".
Após ter visitado uma empresa em que os empregados que auferem um rendimento ligeiramente acima do salário mínimo nacional, Rui Rocha disse que o setor empresarial é precisamente um dos setores no qual é necessária uma reforma, para criar um "ambiente mais favorável, com menos burocracia, menos impostos, menos punição do progresso e do crescimento".
"É evidente que a IL não quer um país de salários mínimos, nós queremos um país de salários máximos. Por isso é que é muito importante reformar o país, criar condições para estas empresas poderem crescer", disse.
Em termos de medidas concretas, Rui Rocha defendeu em particular que é necessário garantir uma "diminuição progressiva das derramas" e das "tributações autónomas", considerando que ainda há "muito a fazer quer na simplificação dos processos, na desburocratização, mas também na criação de condições fiscais" para que as empresas "possam crescer".
[Notícia atualizada às 17h53]
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