"Campanha ia ser durinha mas nunca achei que se pudesse descer tão baixo"

O presidente do CDS afirmou hoje que já contava que esta campanha eleitoral fosse "durinha" em termos de debate, mas que nunca esperou que descesse tão baixo em termos de princípios ao espalharem-se cartazes "miseráveis" e "difamatórios".

Notícia

© Getty Images

Lusa
03/05/2025 22:42 ‧ há 8 horas por Lusa

Política

Legislativas

Nuno Melo, atual ministro da Defesa, já tinha falado na questão no primeiro discurso que hoje fez, durante a tarde, no comício de Paredes, no distrito do Porto. Retomou-a na intervenção que proferiu esta noite, no comício do Europarque, em Santa Maria da Feira, perante milhares de pessoas.

 

"Já sabíamos que esta campanha ia ser durinha, mas nunca achei que se pudesse descer tão baixo. Levamos perto de 40 dias, com pessoas que dizem querer conquistar o poder, a apoucarem, a difamarem e a espalharem cartazes miseráveis, mas não vão ter sorte nenhuma, porque os portugueses sabem onde está a justiça", declarou.

Ainda sobre a atuação de partidos da oposição em relação ao caso de Luís Montenegro e da sua empresa familiar, a Spinumviva, Nuno Melo referiu-se em particular ao PS, "partido fundador do regime democracia".

"Cinquenta anos depois do 25 de Abril, deputados de um partido vasculharam informações que são reservadas de adversários políticos, dados pessoais que tinham a obrigação de preservar, para os manipularem numa campanha eleitoral. Só tinha visto uma coisa assim em regimes totalitários. Estamos num combate pela decência, pela democracia e pela verdade. Em matéria de ética estamos conversados", disse.

O discurso de Nuno Melo começou de forma invulgar ao chamar Luís Montenegro ao palco do comício para os dois tirarem uma selfie. No fim, antes de passar a palavra ao presidente do PSD, pediu para a AD "uma maioria robusta" e classificou o PS de Pedro Nuno Santos como "o mais radical de sempre".

"A disputa é entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. É uma disputa entre quem é moderado e radical. Os portugueses sabem com o que contam com a AD e também sabem a quem Pedro Nuno Santos recorreria: Ao PCP, ao Livre, ao BE e ao PAN. Já o Chega, partido que se diz de direita, fez cair três governos de centro-direita: Nos Açores, na Madeira e no país", completou.

Antes da intervenção do líder do CDS, Emídio Sousa, secretário de Estado do Ambiente e segundo da lista da AD pelo círculo eleitoral de Aveiro, fez uma intervenção com alguns momentos insólitos, em que atacou o PS e o Chega, embora começando por elogiar o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

"A sala hoje está cheia, há dez anos o mesmo aconteceu aqui com Pedro Passos Coelho em 2015, que venceu as eleições", declarou Emídio Sousa -- uma referência que mereceu minutos depois um comentário do próprio presidente do PSD, Luís Montenegro.

"O Emídio Sousa referiu muito bem que os cabeças de listas por Aveiro são os mesmos de há dez anos. Mas esqueceu-se de dizer uma coisa: Esse resultado de 2015 foi histórico, mas vamos superá-lo em 2025", disse.

Ainda sobre o discurso do secretário de Estado do Ambiente, foi retomada uma antiga crítica de alguns setores do PSD de que António Costa "vendeu a alma ao diabo ao aliar-se aos extremistas". Por outro lado, atribuiu aos executivos liderados pelo atual presidente do Conselho Europeu influências extremistas que levaram à existência de "casas de banho unissexo".

O secretário de Estado disse também que António Costa liderou "o pior PS de sempre, onde Pedro Nuno Santos prosperou". Um PS que responsabilizou pelo crescimento do Chega, partido alimentado pelo "ego" do seu líder, André Ventura.

Emídio Sousa dirigiu-se depois aos eleitores antissocialistas: "não vale a pena votar no Chega, nós acabamos com eles".

Em relação ao secretário-geral do PS, Emídio Sousa caracterizou-o como alguém que passou a vida "na bolha política da esquerda radicalizada".

No primeiro discurso do comício, o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria, caracterizou a AD, coligação PSD/CDS, como "estável e responsável".

"Luís Montenegro, que é um estadista, fez mais em 11 meses por Santa Maria da Feira do que [o secretário-geral do PS] Pedro Nuno Santos. Os cidadãos feirenses não têm dúvidas de quem pode ser o melhor primeiro-ministro", acrescentou.

[Notícia atualizada às 22h56]

Leia Também: Nuno Melo defende importância de os jovens terem contacto com Defesa

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas