Cotrim Figueiredo acusa Pedro Nuno e Montenegro de impreparação

O ex-líder da IL João Cotrim Figueiredo acusou hoje Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos de estarem impreparados para lidar com os desafios que Portugal vai enfrentar e defendeu que a AD precisa do seu partido.

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Lusa
03/05/2025 18:50 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

Num painel durante uma sessão de apresentação das propostas IL para estas legislativas, no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, João Cotrim Figueiredo considerou que o Estado português está a "incumprir" o que chamou de contrato social e de contrato intergeracional que assumiu com os cidadãos.

 

O atual eurodeputado da IL referiu que cada cidadão é "um contratante", que acordou com o Estado que ele pode tirar "um bocadinho de direito e de liberdade" se, em troca, garantir funções como "defender a vida, a propriedade e prestar serviços públicos de qualidade".

A este contrato social, cuja base teórica foi desenvolvida no século XVIII, acresce ainda o que chamou de contrato intergeracional que, segundo disse Cotrim Figueiredo, foi desenvolvido no século passado, e que visa garantir que as atuais gerações deixam para as próximas "um planeta capaz", "umas finanças públicas capazes" e "um sistema de Segurança Social capaz".

"E o drama, também nesta campanha, e é por isso que é tão importante ouvir a IL, é que estão a incumprir ambos os contratos. Quer o contrato social, quer o contrato intergeracional, o Estado está a incumpri-lo", acusou Cotrim Figueiredo, referindo que "a carga fiscal está em máximos, a qualidade dos serviços públicos está em mínimos" e "a Segurança Social não é sustentável".

Depois, o líder da IL abordou o debate televisivo que opôs Luís Montenegro a Pedro Nuno Santos, esta quarta-feira, considerando que foi "uma coisa deprimente".

"Eles estão bem preparados para gerir o dia-a-dia, mas para os desafios enormes que Portugal vai ter de enfrentar, sobretudo o de cumprir o contacto social e contrato intergeracional, aqueles senhores não servem, não estão suficientemente preparados", disse.

Para Cotrim Figueiredo, um desses líderes, numa alusão a Luís Montenegro, "precisa da IL para que Portugal tenha futuro e o crescimento económico necessário".

"A AD precisa da IL. No dia 18, o que estamos a fazer é a nossa parte do contrato social, é dizer: votando na IL, nós exigimos que nos deem o retorno adequado àqueles fundos, recursos e direitos que prescindimos a favor do Estado. Nós fazemos a nossa parte, exigimos que o Estado faça a sua", disse.

No painel de João Cotrim Figueiredo, esteve também o economista Óscar Afonso que, nas últimas eleições legislativas, em março de 2024, integrou as listas da AD como "número quatro" no Porto, tendo sido eleito, mas recusado assumir o cargo de deputado. Em março, foi nomeado pelo Governo de Luís Montenegro para presidir o Conselho Consultivo da CMVM.

Neste evento da IL, Óscar Afonso disse estar como independente e considerou que, atualmente, Portugal está "muito mal" a nível de crescimento económico, frisando que, desde 1999, o país cresceu em média 1% do PIB por ano, o que significa que só conseguirá "dobrar o PIB ao fim de mais ou menos 20 anos", ao contrário de outros países que, com um crescimento de 3% ao ano, "dobram ao fim de 20 e tal anos".

"Temos de fazer alguma coisa e temos de ser muito mais reformistas. Nós temos uma produtividade muito reduzida, acho que a reforma do Estado é crucial", disse, criticando a desagregação de freguesias e defendendo que é necessária também menos carga fiscal.

"No IRS, já se sentiu um bocadinho, mas acho que ainda há espaço para mais e o IRC acho que tem de descer muito", disse, depois de, recentemente, ter assinado um artigo no ECO em que defende uma aliança pós-eleitoral entre a AD e a IL.

[Notícia atualizada às 20h12]

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