Livre acusa Governo de "grande frieza" para com pessoas com deficiência

O porta-voz do Livre acusou hoje o Governo de demonstrar "grande frieza e falta de compaixão" pelos cidadãos com deficiência e considerou escandaloso que os partidos de direita não tenham marcado presença na Marcha pela Vida Independente.

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© Rita Franca/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
03/05/2025 18:48 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

"O que o nosso Governo faz hoje em dia é uma coisa que é de uma grande frieza, que é até de uma grande falta de compaixão para com esses nossos concidadãos [pessoas com deficiência]", afirmou Rui Tavares na Marcha pela Vida Independente, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

 

O Dia Europeu da Vida Independente, que se assinala hoje, reuniu em oito cidades do país, nomeadamente Vila Real, Braga, Guimarães, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Faro, pessoas com deficiência para reivindicarem direitos fundamentais.

Sob chuva forte, Rui Tavares justificou a acusação ao Governo dizendo que era preciso canalizar cerca de 100 milhões de euros por ano para esta área, tal como propôs no Orçamento do Estado para 2025, mas o Governo inscreveu apenas 33 milhões a vários anos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"Não era dinheiro do Estado português. Quando acabar o PRR não há dinheiro para estas pessoas", sublinhou.

Defendendo a contratação de pessoas com deficiência no setor público e privado, Rui Tavares destacou que estes cidadãos podem dar um grande contributo à sociedade, mas que, muitas vezes, não o podem dar porque não há investimento.

"São cidadãos que ao terem a sua dignidade reconhecida estão a ajudar a criar emprego", frisou.

A título de exemplo, Rui Tavares disse que para que estes concidadãos sejam livres precisam, se estão numa cadeira de rodas, de leis e políticas que possibilitem que tenham uma rampa de acesso ao local de trabalho ou lazer.

"Para ser livre não basta haver menos Estado ou pagar menos impostos", vincou.

O porta-voz do Livre considerou de "escandaloso" a ausência dos partidos de direita na marcha, onde esteve BE e PCP, porque fazer política é fazer política para todos, inclusive para aqueles que são mais vulneráveis.

A Comissão Organizadora da Marcha pela Vida Independente (COMVI) explicou que a iniciativa quis tornar visível a diversidade e exigir a implementação plena dos direitos humanos das pessoas com deficiência.

Criada em 2018, esta marcha anual é dinamizada por 26 organizações e coletivos ligados à deficiência e a movimentos sociais que pretendem dar voz a uma comunidade frequentemente marginalizada.

Para a Vida Independente, todas as pessoas, com ou sem deficiência, têm o direito à autodeterminação, dignidade e inclusão plena na sociedade.

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