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Nós, Cidadãos critica "subsidio-dependência" dos agricultores franceses

O cabeça de lista do Nós, Cidadãos! às eleições europeias, Pedro Ladeira, defende alterações à Política Agrícola Comum (PAC) que conduzam à redução do que classifica com a "subsídio-dependência" dos agricultores alemães, franceses e espanhóis.

Nós, Cidadãos critica "subsidio-dependência" dos agricultores franceses
Notícias ao Minuto

14:27 - 25/05/24 por Lusa

Política Europeias

"Defendemos por um lado, a diminuição gradual da subsidiodependência dos agricultores alemães, espanhóis e principalmente franceses, da PAC e, por outro lado, a racionalização das regras agro-ambientais comunitárias, algumas delas completamente estapafúrdias", afirma o candidato.

Em resposta a um questionário enviado pela Lusa aos cabeças de lista às eleições de 09 de junho, Pedro Ladeira propõe a introdução de tarifas alfandegárias e a proibição da entrada de produtos extra-comunitários "em cujo processo de produção não sejam observadas as mesmas regras".

Questionado sobre um eventual envio de tropas de países europeus, incluindo de Portugal, para Ucrânia, o candidato apontou as fragilidades das forças armadas portuguesas que, "antes de serem enviadas para a Ucrânia teriam que ser devidamente motivadas com equipamento e remuneração condizente com a difícil, exigente e abnegante "condição militar".

"É uma vergonha nacional o estado a que o Estado deixou chegar as nossas Forças Armadas", criticou.

Quanto ao alargamento da União Europeia, o candidato do Nós, Cidadãos declarou ser contra a entrada da Turquia: "Apoiamos a adesão dos países candidatos de matriz cultural europeia, a saber, judaico-cristã. Não é certamente o caso da Turquia, por exemplo".

A Turquia, que se situa entre a Europa e a Ásia, tornou-se candidato à adesão à UE em 1999 e iniciou as negociações de adesão em 2005.

As negociações, no entanto, chegaram a um impasse em 2018 devido ao retrocesso democrático no país e à erosão do Estado de direito sob o mandato do Presidente, Recep Tayyip Erdogan, bem como às suas disputas com Chipre, membro da UE.

Pedro Ladeira também não concorda com o fim da regra da unanimidade nas decisões da UE, considerando que vai "criar muitas divisões e colocar a Europa a várias velocidades".

Na sua opinião, o projeto europeu foi criado para unir e não para dividir, por isso, "se alguém não cumprir as regras pode sempre ser expulso, nem que seja temporariamente".

Pedro Ladeira opõe-se a uma eventual imposição de sanções a Israel, considerando que "Israel é o único Estado democrático daquela região e, aparentemente, assim continuará a ser".

Perante posições diferentes dos países em relação a esta questão, o candidato do Nós, Cidadãos defendeu que "tem de haver menos demagogia ideológica e mais preocupação com os princípios da democracia".

No que diz respeito às migrações, Pedro Ladeira concorda com o recentemente adotado Pacto para as Migrações e Asilo afirmando que "era impossível as coisas continuarem como estavam".

Interrogado sobre a possibilidade de o ex-primeiro-ministro António Costa assumir a presidência do Conselho Europeu, Pedro Ladeira afirma-se contra essa ideia.

O presidente do Conselho Europeu devia ser eleito pelos cidadãos europeus e não ser um "tecnocrata nomeado pelos `lobies´", declara.

"Basta envergonhar-nos cá dentro [António Costa]. Essa parte não precisamos de exportar", criticou.

O Nós, Cidadãos, liderado por Joaquim Rocha Afonso, concorreu às eleições europeias de 2019 onde obteve 34.672 votos (1,05%), resultado que não lhe permitiu eleger deputados.

Leia Também: "Abordagem mais humana". ADN defende revisão do Pacto para as Migrações

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