No primeiro de dois momentos do partido na campanha eleitoral para as eleições de 09 de junho, a comitiva do Chega fez uma arruada pela Rua Santa Catarina, momento que o candidato classificou também de "palavra de solidariedade à distrital do Porto e às concelhias do distrito do Porto" do partido.
"O Porto tem um potencial de crescimento do Chega enorme. Acho que, de alguma forma, a nossa mensagem não tem passado (...), mas acho que eleição após eleição os portuenses vão cada vez mais percebendo a nossa mensagem e aderindo ao partido", declarou Tânger Corrêa.
Instado a esclarecer a razão pela qual o Chega não está mais forte na segunda maior cidade do país, o candidato respondeu: "estou a basear-me, fundamentalmente, no desconhecimento que a população do Porto tem sobre o que é o Chega".
"Nas últimas legislativas houve uma primeira boa aproximação, mas temos de ir mais longe e mais fundo", apostando, para tal, em "muito diálogo, com muita explicação, com muita proximidade às pessoas pois o Chega, no fundo, é isso, é um partido de proximidade das pessoas".
O candidato acabou por não participar na arruada pois, segundo o mandatário da campanha Pedro Bandeira, "tinha uma entrevista agendada com um jornal".
O Chega não tem ainda representação no Parlamento Europeu, mas o objetivo é eleger eurodeputados no próximo dia 09 de junho e o líder, André Ventura, já admitiu a possibilidade e a esperança de o partido poder mesmo vencer estas eleições.
Esta será a primeira vez que o Chega concorre a eleições europeias. Em 2019, ano em que o partido foi oficializado pelo Tribunal Constitucional (no mês anterior às eleições), André Ventura foi o cabeça de lista da coligação Basta, que juntou o Partido Popular Monárquico (PPM) - que agora concorre na Aliança Democrática com PSD e CDS-PP -, e o entretanto extinto Partido Democracia e Cidadania Cristã (PPV/CDC).
O vice-presidente do Chega António Tânger Corrêa é o cabeça de lista do Chega às eleições para o Parlamento Europeu e o antigo deputado do PSD Tiago Moreira de Sá é o número dois, seguido da antiga dirigente da IL Mariana Nina Silvestre.
Como número quatro da lista surge Francisco Almeida Leite, ex-jornalista e antigo secretário de Estado no governo de Pedro Passos Coelho e como quinta a dirigente do Chega Márcia Ferreira da Silva, que integrou a Comissão de Ética do partido.
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