Redução do IRS? "Os ganhos maiores são para quem tem maiores rendimentos"

Partido Socialista reage às conclusões do Conselho de Ministros, que aprovou uma alteração às taxas sobre os escalões do IRS.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Andrea Pinto
19/04/2024 13:12 ‧ 19/04/2024 por Andrea Pinto

Política

Pedro Nuno Santos

"Esperança e ambição foi precisamente o que não vimos nesta proposta que nos foi apresentada", afirmou Pedro Nuno Santos admitindo, contudo, que o partido terá ainda de analisar melhor as medidas anunciadas pelo executivo de Luís Montenegro, esta sexta-feira. 

O secretário-geral do PS continuou, afirmando que "é preciso muita calma e cautela" na avaliação da medida, para que depois os portugueses não sejam "enganados".

"Vamos fazer uma avaliação cuidadosa, mas uma primeira avaliação rápida leva-nos a ver que os ganhos que os portugueses vão ter são apenas ganhos residuais", continuou, afirmando que "hoje se percebe melhor porque o Governo da AD tentou criar o truque de incluir na medida os 1.300 milhões do PS, pois a sua proposta não era de nenhum alívio fiscal".

Pedro Nuno Santos defendeu ainda que a medida apresenta duas visões muito diferentes sobre aquilo que são as prioridades dos dois partidos, sendo que para o PS a prioridade seria construir "um Portugal mais justo e solidário". Já na proposta da AD, acusa, "os ganhos maiores são para quem tem maiores rendimentos".

"A pouca poupança fiscal que [a proposta] concretiza é superior para os de cima", atirou, referindo-se, ainda, aos ganhos como "irrisórios".

O socialista instou ainda os portugueses a não terem "ilusões" porque a "grande promessa de alívio fiscal não aconteceu" e lembrou que hoje se voltou a comprovar aquilo que o Partido Socialista disse durante a campanha: "A candidatura da AD não é credível, as propostas da AD não são credíveis".

Pedro Nuno Santos reagiu à proposta que reduz as taxas do IRS até ao 8.º escalão, anunciada hoje pelo primeiro-ministro, à chegada ao Largo do Rato, para o almoço dos 51 anos do PS.

Luís Montenegro afirmou que a redução adicional das taxas marginais aplicar-se-á a todos os escalões até ao 8.º, defendendo que a medida significa "dizer ao país que as pessoas não são ricas a partir de 1.300 euros de rendimento líquido por mês e que com esse rendimento também precisam de ter alívio fiscal".

A proposta do Governo vai agora ser remetida para o Parlamento, que já agendou o debate para o dia 24 de abril.

[Notícia atualizada às 13h40]

Leia Também: Redução das taxas de IRS aplica-se a todos os rendimentos de 2024

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