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"Eleição para o Presidente da AR parece um recreio, todos andam à bulha"

Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.

"Eleição para o Presidente da AR parece um recreio, todos andam à bulha"
Notícias ao Minuto

15:45 - 27/03/24 por Notícias ao Minuto

Política Artigo de opinião

"A eleição para o Presidente da Assembleia da República parece um recreio, em que todos andam à bulha e ninguém se entende.

O tempo da escola para os deputados já acabou há muito tempo. Pelo que me apercebi havia um acordo entre o PSD e o Chega:  eleger pelo PSD,  José Pedro Aguiar- Branco presidente;  eleger pelo Chega vice-presidente Diogo Pacheco de Amorim.

Porém no dia anterior à noite Nuno Melo e Paulo Rangel vieram dizer que não havia acordo nenhum. Vai daí o Chega absteve-se. Vamos lá ver se nos entendemos! Havia acordo ou não havia acordo?!

O PSD ainda não percebeu que para almejar o seu projeto de governação tem de fazer cedências em propostas e em lugares.

Montenegro tem de perceber que o tempo e o estilo de Cavaco Silva já passaram. Atualmente, as circunstâncias são diferentes, o Chega não é o PRD.

Se fosse vivo, Sá Carneiro com certeza adaptar-se-ia às novas circunstâncias e atuaria de outra maneira.

A fuga para a frente sem falar com ninguém, ou falar e ter vergonha de falar, ou falar e dizer que não falou não funcionam.

É difícil imaginar pior começo da legislatura e acentua-se o cenário de imprevisibilidade para o futuro.

O Chega com os seus 50 deputados e cerca de 1,2 milhões de votos fez-se ouvir.

Como diz Ricardo Costa, diretor da SIC, “é o que é e não vale a pena ignorar o Chega”. Os portugueses ditaram este Parlamento e tem de se trabalhar com isso.

Continuo a dizer que ignorar o Chega, fazer deste partido algo menor e não ter em conta a sua força é um erro de Crasso.

Esta não eleição de José Pedro Aguiar- Branco mostra à sociedade como a vitória do PSD é ténue e ínfima.

Convém entenderem-se para o descrédito não ser total. Qualquer acordo entre partidos (Chega, PSD ou PS e restantes partidos) deve ser conhecido por todos os portugueses de forma transparente e clara.

Depois, quem não cumprir, os portugueses perceberão. 

O jogo do gato e do rato quase sempre não tem vencedores".

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