No voto de pesar, o parlamento refere que Luís Jardim, "músico, produtor e percussionista madeirense", iniciou o seu percurso musical na juventude, tendo integrado bandas locais como os Demónios Negros.
"Mudou-se depois para o Reino Unido, onde estudou Administração Comercial e desenvolveu uma impressionante carreira na cena musical britânica e internacional, tendo colaborado com artistas de renome como Tina Turner, George Michael, Elton John, Rolling Stones, Seal, Cher, Mariah Carey, Diana Ross, Céline Dion ou Tom Jones, entre muitos outros", destaca-se.
A Assembleia da República frisa ainda que, enquanto membro do grupo Rouge, "vendeu milhões de discos e participou em bandas sonoras de filmes como Gladiador e Um Peixe Chamado Wanda".
"Em Portugal, contribuiu para a produção musical de vários intérpretes e grupos nacionais entre os quais Rui Veloso e João Pedro Pais, e tornou-se uma figura próxima do público português pela sua participação como jurado em programas televisivos como Ídolos, A Tua Cara Não Me É Estranha ou Uma Canção Para Ti, onde revelou humor, empatia e vasto conhecimento musical", lê-se.
O parlamento refere também que Luís Jardim "destacou-se pelo seu espírito generoso, pela ligação à Madeira e pela capacidade de unir mundos musicais distintos com versatilidade, simplicidade e paixão".
"Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Luís Jardim, endereçando à sua família, amigos e comunidade musical sentidas condolências e reconhecendo o extraordinário deste músico ímpar para a cultura nacional e para a projeção internacional da música feita em Portugal", lê-se.
O músico e produtor musical Luís Jardim morreu em 04 de julho, dia em que completava 75 anos.
Leia Também: Cerimónias fúnebres de Luís Jardim realizam-se quinta-feira em Lisboa