De acordo com os dados provisórios do território nacional (faltando apurar os quatro deputados da emigração), em 226 lugares no parlamento a Iniciativa Liberal (IL) reelegeu oito, nomeadamente três em Lisboa, dois no Porto, um em Setúbal, um em Braga -- o líder do partido, Rui Rocha -- e, pela primeira vez, um em Aveiro.
A IL manteve-se como a quarta força política em Portugal, ultrapassando os "históricos" Bloco de Esquerda e PCP.
Com 5,08% da votação, a IL conseguiu 312.033 votos, mais 43.619 do que nas últimas legislativas de 2022, em que o PS teve maioria absoluta.
Estas são as terceiras eleições legislativas às quais a IL concorre, tendo João Cotrim de Figueiredo sido o primeiro deputado da história do partido quando conseguiu a eleição nas legislativas de 2019.
O presidente da IL, Rui Rocha, que assumiu a liderança do partido em janeiro de 2023 depois da saída de João Cotrim de Figueiredo, mostrou-se satisfeito por ter conseguido "consolidar o projeto liberal em Portugal", apesar de não ter alcançado os 12 deputados a que se propôs.
Sobre se vai retirar consequências políticas por não ter atingido o objetivo, o dirigente liberal respondeu apenas sentir-se com "uma enorme energia para continuar a defender as ideias liberais".
Perante a vitória da AD, mas sem uma maioria, Rui Rocha "piscou o olho" àquela coligação, tal como o foi fazendo ao longo da campanha, chegando mesmo a pedir uma maioria clara para a IL e AD, e disse estar disponível para uma solução governativa.
"Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar, não será pela Iniciativa Liberal que não haverá uma solução estável de governação. Portanto, cabe aos outros assumirem", afirmou .
Numa eventual solução governativa, Rui Rocha descartou, tal como o fez nos últimos dias, qualquer entendimento com o Chega por se tratar de "um partido irresponsável".
O presidente da IL culpou ainda a governação socialista pelo Chega ter quadruplicado o número de deputados e ultrapassado um milhão de votos.
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