Pedro Nuno pede concentração de votos para travar "regresso da direita"
O secretário-geral do PS dramatizou hoje o que está em jogo nas eleições de domingo, considerando que a única forma de travar "o regresso da direita ao poder" passa pela concentração de votos nos socialistas.
© Lusa
Política PS
Pedro Nuno Santos assumiu esta posição de bipolarização política em declarações aos jornalistas, a meio de uma viagem de comboio entre Marco de Canaveses e Porto, linha que foi por si modernizada quando desempenhou as funções de ministro das Infraestruturas.
Tendo o cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, sentado ao pé de si, Pedro Nuno Santos começou por dizer que, em relação às eleições legislativas de domingo, as suas contas "são só PS".
"Só vamos conseguir continuar a avançar se o PS derrotar a AD (Aliança Democrática). Por isso, não podemos desperdiçar votos", sustentou -- uma mensagem que acentuou logo a seguir.
"Aquilo que interessa é concentrarmos os votos no PS e garantirmos que o PS ganha. Quem quer travar o regresso da direita ao poder e o regresso ao passado deve concentrar o seu voto no PS. Peço a todos os indecisos que votem no PS", declarou.
Confrontado com o cenário de o PS vencer as eleições legislativas, mas os partidos à sua direita alcançarem uma maioria no parlamento, o líder socialista desvalorizou esse cenário.
"Sinceramente, não antevejo que haja maioria à direita nas próximas eleições, até porque não existe essa unidade a partir do momento em que o PSD exclui o Chega", justificou.
Mas, a seguir, fez uma ressalva em relação a esse entendimento PSD/Chega e à possibilidade de a promessa de Luís Montenegro não ser cumprida: "Digo eu, estou a partir desse pressuposto" apresentado pelo líder social-democrata em relação ao Chega.
Já sobre esta última semana de campanha eleitoral, o líder socialista considerou essencial que os indecisos "percebam o que está em causa, depois de o país ter conquistado uma estabilidade orçamental e financeira muito importante".
"Há problemas que persistem, mas temos agora condições para avançarmos mais e resolvermos muitos desses problemas. E há uma escolha para fazer no próximo dia 10: Nós temos a ambição de investir nos serviços públicos, no aumento dos salários e das pensões, mas o nosso principal adversário tem um projeto diferente", sustentou.
De acordo com o secretário-geral do PS, nas eleições legislativas, "há duas visões diferentes para a sociedade portuguesa".
"Nós não estamos a apresentar um programa de alívio fiscal só para alguns e que vai beneficiar quem não precisa. O nosso projeto, que também prevê alívio fiscal, vai beneficiar a esmagadora maioria da população", acrescentou.
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