Ribeiro e Castro pede desculpa e espera que maioria emende "o disparate" de cortar feriados

O dirigente do movimento 1º de Dezembro Ribeiro e Castro afirmou este sábado que "basta o PS estar na maioria" que será reposto o feriado da restauração da Independência, mas desejou que seja a actual maioria PSD/CDS a emendar "o disparate" que fez.

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Lusa
01/12/2012 20:20 ‧ 01/12/2012 por Lusa

Política

CDS

"Basta o PS estar na maioria volta o 5 de Outubro e volta o 1º de Dezembro. Alguém tem dúvidas sobre isso?", questionou o deputado do CDS-PP e antigo líder dos democratas-cristãos, que é dirigente do movimento 1º de Dezembro, em declarações aos jornalistas.

Na sua intervenção nas cerimónias do 1º de Dezembro, em Lisboa, Ribeiro e Castro pediu desculpa, como deputado da maioria, pelo fim do feriado que assinala a Restauração da Independência e afirmou que "bastará a mudança de ciclo político para que o grosseiro disparate feito seja emendado" e seja reposto como "feriado nacional principal".

Questionado pelos jornalistas sobre se estava a fazer um apelo ao voto noutros partidos, Ribeiro e Castro recusou essa interpretação.

"Por isso é que eu digo que se faça antes, para que as pessoas que são muito atreitas e agarradas ao valor simbólico destas datas não tenham neste gesto disparatado mais um motivo para mudarem de voto. Já há tantos problemas que convém não acrescentar mais, sobretudo com esta carga simbólica", respondeu.

"Espero que ainda sejam o PSD e o CDS a limparem o disparate que fizeram", sublinhou.

Para Ribeiro e Castro, todo o processo de suspensão dos feriados foi "mal feito", "sem o mínimo de diálogo, sem a mínima concertação, com as instâncias que são guardiãs da memória colectiva e da memória histórica de um país".

"Foi um gesto insensato", considerou.

Na sua intervenção, Ribeiro e Castro declarou a sua "perplexidade" por ter sido um Governo PSD/CDS-PP a "atentar" contra "uma data simbólica nacional que tanto marcou a sua própria história política, assim traída".

"Não conheço em todo o mundo um só país, excepto estando sob ocupação estrangeira, que, tendo um feriado que celebra a sua independência nacional, o tenha abolido e riscado do mapa. Portugal seria o primeiro a fazê-lo", afirmou.

"Como deputado da actual maioria parlamentar, eu não posso senão pedir desculpa a Portugal e aos portugueses pelo gesto impensado e insensato de querer extinguir do calendário oficial o feriado dos feriados, o mais antigo dos feriados civis, o mais alto dos nossos feriados patrióticos", declarou.

"Não deixaremos! Apenas posso dizer-vos com a absoluta determinação do Movimento 1º de Dezembro: "Pedimos desculpa por esta interrupção; o feriado segue dentro de momentos", prometeu.

 

 

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