Governo dos Açores? "Partido Socialista mantém a sua coerência"

O socialista Vasco Cordeiro foi recebido pelo representante da República nos Açores, e sublinhou que sobre o eventual chumbo do programa de governo houve unanimidade dentro do partido.

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Notícias ao Minuto com Lusa
19/02/2024 13:57 ‧ 19/02/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Açores

O representante da República nos Açores recebeu, esta segunda-feira, os partidos açorianos e, após a visita, o socialista Vasco Cordeiro falou aos jornalistas, em Angra do Heroísmo.

Questionado sobre se o PS/Açores mantinha a posição de não viabilizar o programa atual, Vasco Cordeiro sublinhou que teve oportunidade de transmitir ao responsável três ideias fundamentais.

"A primeira a que de o Partido Socialista mantém a sua coerência em relação àquilo que pelo meu intermédio foi várias vezes referido. O partido que vence as eleições deve ter a oportunidade de ser o primeiro a submeter-se na Assembleia e a formar governo", começou por explicar.

No entanto, lembrou que não foi isso que aconteceu em 2020, quando o PS venceu as eleições, também sem maioria absoluta, mas Pedro Catarino indigitou como presidente do Governo Regional o líder do PSD/Açores, que formou uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP e PPM e assinou acordos de incidência parlamentar com Chega e IL, que lhe garantiam 29 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa dos Açores.

"Esta situação que nós vivemos e que culminou nas eleições do dia 4 de fevereiro é um comprovativo, no fundo, de que aquilo que foi a decisão tomada em 2020 não foi a decisão correta e, portanto, todo o argumento da estabilidade caiu pela base, em relação àquilo que foi feito", apontou.

"Esta decisão em 2020 coloca uma exigência e responsabilidade acrescidas sobre o senhor representante da República quanto à coerência a manter face aos resultados destas eleições e a comparação da decisão que agora tomar com a de 2020", continuou.

Já em relação à terceira ideia mencionada, Vasco Cordeiro apontou que houve também oportunidade para transmitir ao representante da República que o PS "em devido tempo, na quinta-feira a seguir às eleições, e depois daquelas que foram as declarações na noite eleitoral e a publicitação de quando tomaria uma decisão sobre o programa do governo, tomou essa decisão - considerando vários aspetos pelos órgãos próprios. Mantém essa decisão".

Confrontando com a possibilidade de ser prematuro o anúncio de um chumbo a um programa de governo que ainda não foi conhecido, Vasco Cordeiro foi perentório: "Tudo isto foi considerado. Aliás, as razões são públicas e foram devidamente esclarecidas na altura". O socialista apontou ainda que a decisão foi tomada no tempo certo, e sublinhou que as razões em causa foram votadas por unanimidade.

A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 04, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, transmitiu, no entanto, ao representante da República que a coligação deve formar um governo de maioria relativa, sem acordos com outros partidos.

[Notícia atualizada às 14h30]

Leia Também: Governo de maioria relativa? "Não admito outra solução que não esta"

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