Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 15º MÁX 20º

Operação Marquês. IL diz que "justiça portuguesa está a funcionar"

O líder da Iniciativa Liberal afirmou hoje, numa reação à decisão judicial de levar o ex-primeiro-ministro José Sócrates a julgamento, que "a justiça portuguesa está a funcionar" e sublinhou a necessidade de restaurar a confiança nas instituições.

Operação Marquês. IL diz que "justiça portuguesa está a funcionar"
Notícias ao Minuto

18:18 - 25/01/24 por Lusa

Política Rui Rocha

fundamental sublinhar neste momento que a justiça portuguesa está a funcionar. Muitas vezes com um tempo longo, muitas vezes com dificuldades, mas quando vemos a justiça a ser criticada temos mesmo de sublinhar -- porque é preciso restabelecer a confiança dos portugueses nas instituições -- que a justiça portuguesa está a funcionar", afirmou Rui Rocha.

O dirigente liberal falava aos jornalistas à margem de uma iniciativa da campanha para as legislativas açorianas, no concelho da Lagoa, ilha de São Miguel, depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decidido que José Sócrates -- chefe do executivo nacional entre 2005 e 2011 - vai ser julgado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude no processo Operação Marquês.

Para Rui Rocha, a justiça deve ser alvo de críticas "quando se justifica" e deve-se desejar que seja mais célere -- como se esperava na Operação Marquês -, mas é necessário "reagir a um discurso que diz que nada em Portugal funciona, nada é credível, dizendo que é preciso confiança no país, é preciso confiança nas instituições".

Neste âmbito, acrescentou, os políticos têm "uma particular responsabilidade e não podem aplicar a situações semelhantes critérios diferentes". É o caso, indicou, do presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, que, para a IL, deveria demitir-se.

"Há um tempo da justiça -- e o tempo da justiça dirá se Miguel Albuquerque é culpado ou inocente -, mas há um tempo da política. E o tempo da política diz que Miguel Albuquerque já não tem condições para estar em funções", declarou.

O governante madeirense foi constituído arguido na quarta-feira num processo em que é suspeito de corrupção, prevaricação, abuso de poder e atentado contra o Estado de Direito, entre outros crimes.

Em causa, segundo o despacho de indiciação, está um alegado conluio entre o executivo regional (PSD/CDS-PP), o presidente do município do Funchal e elementos do grupo hoteleiro Pestana para beneficiar negócios imobiliários do grupo, bem como um alegado favorecimento na escolha da sociedade vencedora dos concursos públicos para organização de um festival de jazz.

No entendimento de Rui Rocha, também o processo que há meses que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa é um exemplo da "justiça a funcionar".

"O que é importante é que os políticos saibam comportar-se e adequar-se a este momento", disse.

O líder da IL falou ainda do caso de Maló de Abreu, considerando que "não tem condições para continuar a ser deputado no parlamento português".

"Mesmo aqueles que dizem que é preciso limpar Portugal, que têm um discurso quase de ataque a Portugal e a todos os portugueses, devem agir em conformidade com a exigência que fazem aos outros partidos. Por exemplo, no caso Maló de Abreu, António Ventura [presidente do Chega], que é tão rápido a pedir responsabilidades a terceiros, neste caso está a atrasar aquilo que parece evidente", criticou.

António Maló de Abreu foi já confirmado pelo presidente do Chega como um dos cabeças de lista do partido para as eleições legislativas, uma semana depois de o ex-deputado do PSD ter excluído esse cenário.

Rui Rocha destacou que o país será melhor se todos tiverem um discurso adequado e consoante a prática: "A Iniciativa Liberal tem esse discurso",

[Notícia atualizada às 19h06]

Leia Também: IL tem "ambição clara" de crescer nas eleições antecipadas açorianas

Recomendados para si

;
Campo obrigatório