O social-democrata Miguel Pinto Luz recorreu, esta sexta-feira, à rede social X (antigo Twitter) para fazer um comentário à situação da escola pública em Portugal, recordando que "termina hoje a primeira semana de aulas do segundo período".
"40 mil alunos recomeçaram os estudos sem terem aulas a todas as disciplinas. A conclusão é dos sindicatos. Um cenário que se mantém, apesar dos desastrosos resultados das provas de aferição e dos péssimos resultados da edição do PISA de 2022, que revelaram uma quebra importante na prestação dos alunos portugueses", destacou, na mesma mensagem, o também vice-presidente do PSD.
Na ótica de Pinto Luz, "compete ao Estado garantir que os alunos têm aulas e que todos tenham as mesmas aprendizagens". "Estamos a falhar, cada vez mais, na nossa missão escolar. Os alunos não podem continuar a ter períodos sem aulas a várias disciplinas e sem que os responsáveis políticos ponham fim ao descalabro", asseverou.
Como conclusão, o social-democrata aponta: "É preciso uma mudança para resolver o problema do ensino em Portugal!"
Termina hoje a primeira semana de aulas do segundo período. 40 mil alunos recomeçaram os estudos sem terem aulas a todas as disciplinas. A conclusão é dos sindicatos.
— Miguel Pinto Luz (@miguelluz) January 5, 2024
Um cenário que se mantém, apesar dos desastrosos resultados das provas de aferição e dos péssimos resultados da… pic.twitter.com/1jZNglA3sQ
De recordar que, no passado dia 3 de janeiro, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apresentou cálculos que davam conta de que cerca de 40.000 alunos recomeçaram as aulas sem terem todos os professores.
Desses, referiu ainda a organização sindical, quase 2.000 alunos têm um professor em falta desde o início do ano, ou seja, têm uma disciplina a que nunca tiveram aulas.
Por seu lado, o Governo contrariou o balanço da Fenprof, assegurando que pouco mais de mil alunos estavam sem professor a pelo menos uma disciplina no final da semana passada. "A 29 de dezembro, estavam sem professor a pelo menos uma disciplina 1.161 alunos", referiu, no mesmo dia, o Ministério da Educação numa nota enviada à agência Lusa.
A tutela acrescentou que não existem horários por ocupar anteriores ao início de novembro, o que significa que nenhum aluno está há mais de dois meses sem professor à mesma disciplina.
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