Caso dos CTT? "Há um aproveitamento político absolutamente evidente"
O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, contra-argumentou que "quem evidentemente não zelou pelo interesse público foi a Direita".
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Política CTT
O secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), João Torres, considerou, esta quinta-feira, que, no caso da compra de ações do CTT por parte do Estado, "estamos perante uma cenarização por parte da Direita política, que é profundamente exagerada em relação a este tema".
"De ontem para hoje, há um reconhecimento mais alargado e consensual de que houve um enorme exagero a propósito deste tema", disse, na CNN Portugal.
No mesmo canal, João Torres argumentou que "há um aproveitamento político absolutamente evidente" deste caso. "Quem evidentemente não zelou pelo interesse público foi a Direita quando privatizou todos os ativos estratégicos dos CTT em Portugal", continuou.
"Foi preservado o interesse público nessa transação. Ontem, uma das grandes notícias do dia era a alegada inexistência do parecer da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização (UTAM). Hoje, afinal, já sabemos e todos reconhecem que, afinal, existiu e deu o seu assentimento a essa operação de aquisição de uma percentagem muito reduzida do conjunto de ações dos CTT", explicou também o socialista.
João Torres argumentou que "no momento em que se chegava ao fim da concessão dos CTT, o que o Governo fez, e bem, foi operar no mercado, no sentido de garantir que, caso a mesma empresa não tivesse interesse em prosseguir essa mesma concessão, ou caso não se pudesse chegar a acordo, o Estado tivesse uma posição de algum poder e algum valor acrescentado, e faz todo o sentido".
Recorde-se que o Jornal Económico noticiou que o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho de João Leão. O jornal escreveu que "a compra teve lugar após exigências do BE" para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, entretanto negadas pelo partido.
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