Até ao momento, são candidatos à autarquia da sede do distrito António Monteirinho (PS), João Prata (PSD), José Pedro Branquinho (CDU) e Luís Soares (Chega).
Sérgio Costa, que conquistou a presidência há quatro anos, voltará a concorrer como independente depois de falhadas as negociações para avançar com o apoio de partidos como o PSD, Chega ou CDS.
Até ao momento, o autarca de 49 anos, engenheiro mecânico de profissão, que era líder da concelhia social-democrata e vereador quando se desvinculou do partido para concorrer à Câmara como independente pelo movimento 'Pela Guarda', tem afirmado que "ainda não é tempo" de falar de autárquicas.
Um dos seus principais adversários é o social-democrata João Prata, que o partido anunciou no dia 04 de julho.
Presidente de junta há mais de 30 anos, primeiro, na Junta de São Miguel da Guarda e depois na da Guarda, que resultou da agregação das três juntas da cidade, em 2013, João Prata, de 62 anos, é um histórico do PSD que já foi deputado na Assembleia da República em três legislaturas diferentes.
Professor do ensino básico, o cabeça de lista avança com o objetivo de reconquistar para o PSD uma autarquia perdida há quatro anos para Sérgio Costa.
O socialista António Monteirinho, também ex-deputado na Assembleia da República, foi o primeiro candidato oficializado à autarquia, em fevereiro.
Para o engenheiro mecânico e vereador em substituição no executivo, de 55 anos, a Guarda "merece uma gestão pública inovadora, inclusiva e próxima das necessidades de todos".
Já a CDU -- Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e Os Verdes, candidata o sindicalista José Pedro Branquinho, de 60 anos, mas o principal objetivo é regressar à Assembleia Municipal, para a qual não conseguiram ser eleitos em 2021, o que aconteceu pela primeira vez.
"A população da Guarda pode continuar a contar connosco para lutar por um concelho vivo e desenvolvido", afirmou o guia do Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa.
O Chega aposta em Luís Soares, de 70 anos, engenheiro civil e técnico superior da Câmara da Guarda aposentado, para capitalizar a votação das legislativas.
O atual deputado municipal candidata-se como independente para "contrariar o adiamento do concelho que se verifica há 50 anos".
O movimento independente 'Pela Guarda' (PG) governa a Câmara com maioria relativa, tendo os mesmos três vereadores que o PSD, enquanto o PS elegeu um vereador.
Há quatro anos, o PG venceu com 36,2% dos votos, enquanto o PSD obteve 33,6%, o PS conseguiu 17,9% -- o seu o pior resultado de sempre nas autárquicas na Guarda --, o Chega registou 2,69% e a CDU 1,3%.
O PG também tem maioria relativa na Assembleia Municipal, a que preside, onde conta com 16 deputados municipais contra 15 do PSD, 10 do PS, 1 do CDS, 1 do Chega e do Bloco de Esquerda
A Guarda, com uma área de 712,11 quilómetros quadrados, tem uma população de 40.046 habitantes e assume-se como uma cidade de serviços, com a Unidade Local de Saúde, o Instituto Politécnico e a autarquia a serem os principais empregadores.
A indústria de componentes para automóveis, liderada pela Coficab, multinacional que domina o mercado mundial de fios e cablagens, tem sido um setor em crescimento nos últimos anos.
Também a logística está a crescer na cidade, devido à confluência das autoestradas A23 e A25 e das linhas ferroviárias da Beira Alta e Beira Baixa.
Esta localização estratégica está na origem da criação do primeiro Porto Seco do país, no terminal ferroviário de mercadorias da Guarda, cujas obras da primeira fase começaram esta semana.
O futuro Porto Seco vai ser gerido pela APDL -- Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
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