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"O país precisa de quem concretize. E é o que queremos fazer"

O novo secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, realizou, esta segunda-feira, a sua primeira visita oficial, em Matosinhos, no distrito do Porto. O socialista falou não só da ferrovia, tema que marcou esta visita, como também respondeu às críticas que lhe têm sido feitas pela Direita.

"O país precisa de quem concretize. E é o que queremos fazer"
Notícias ao Minuto

16:12 - 18/12/23 por Teresa Banha

Política Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos, realizou, esta segunda-feira, a sua primeira visita oficial como secretário-geral do Partido Socialista (PS), depois de ter sido eleito para o cargo no sábado.

A visita decorreu nas Oficinas da CP, em Guifões, em Matosinhos, no distrito do Porto, e, em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos falou sobre um eventual regresso ao local como primeiro-ministro - após ser questionado sobre a eventual situação.

"Espero que continuemos a fazer um grande trabalho à ferrovia em Portugal. Avançou-se muito nestes últimos anos. Esta oficina é a prova disso mesmo. Espero ter a oportunidade de concretizar mais", referiu, respondendo à possibilidade de regressar como chefe de Governo.

"O país precisa de fazer. De quem faça. De quem concretize. E é isso que nós fizemos e queremos fazer", atirou, sublinhando que existe a experiência governativa para avançar nesse sentido.

Questionado sobre o seu programa, Pedro Nuno Santos esclareceu que este será apresentado nas próximas semanas. "Tempos tempo para apresentar o nosso programa eleitoral. Fui eleito no sábado. Sei que muitos já estavam à espera de que apresentássemos o nosso programa eleitoral, mas ele será apresentado nas próximas semanas", notou, lembrando que ainda haverá o congresso do PS.

"Será apresentado o programa para o país com um conjunto de soluções para as diversas áreas", clarificou.

Estamos muito longe de ter a ferrovia que ambicionámos, mas esse trabalho começou connoscoPedro Nuno Santos voltou ainda a sublinhar que Portugal "não pode estar sistematicamente a arrastar os pés, tem de avançar e nós temos a capacidade de fazer avançar o país".

"A ferrovia é um desses sinais. Não está tudo bem na ferrovia, há ainda muito caminho para fazer, estamos muito longe de ter a ferrovia que ambicionámos, mas esse trabalho começou connosco", defendeu.

Confrontado com a visita que fez ao local, em 2020, como ministro das Infraestruturas e da Habitação, e sobre as greves da CP, Pedro Nuno Santos garantiu que foi quando ocupava o cargo que a empresa registou "poucas supressões".

"Foi isso, aliás, que também permitiu que a CP, pela primeira na sua história, tivesse tido lucro em 2022. E, por isso, pegámos numa empresa que estava ao abandono, demos à volta à empresa, fundámos a EMEF com a CP, demos-lhe capacidade de produção, manutenção. Hoje temos uma empresa que ainda tem dificuldades e problemas, mas temos hoje uma empresa muito melhor do que aquela que herdei", advogou PNS.

"Pouco distingue a linguagem do líder do PSD da do líder do Chega"

No rescaldo da sua vitória, Pedro Nuno Santos foi ainda questionado sobre as críticas da Oposição, nomeadamente, das acusações do líder do Chega, André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de "hipocrisia". As críticas também foram deixada pelo Partido Social Democrata, que defendeu que o PS não resolveu os "problemas do país".

"Sinceramente, tenho visto o discurso de diferentes partidos de Direita, a linguagem muito extremada - e próxima já. Pouco distingue a linguagem do líder do PSD da do líder do Chega. Aquilo que nós queremos é manter o nível do debate a falar sobre os problemas do país, apresentar trabalho. Não é só discursos", continuou, explicando também que quer dar continuidade ao que tem sido feito - exemplificado, mais uma vez, com o trabalho desenvolvido na ferrovia. 

"A Direita não tem trabalho para apresentar. Não só não têm experiência governativa, como não tem trabalho para apresentar. Têm apenas promessas e discursos que correspondem muito pouco à sua capacidade de concretização. Nós não. Temos trabalho para apresentar", defendeu.

Estamos muito focados numa vitória a 10 de março

Pedro Nuno Santos referiu ainda que o que era importante é que o PS tenha uma "grande vitória" nas Legislativas, assim como "dispense o Chega de fazer parte de qualquer Governo".

"Nós não estamos no concurso que os partidos têm de fazer à nossa Direita. Estamos muito focados numa vitória a 10 de março, para fazer Portugal avançar, para que se possa viver melhor em Portugal. É nisso que estamos focados", garantiu.

Ainda questionado sobre o que seria uma grande vitória para o partido, Pedro Nuno Santos explicou que seria uma em que permitisse ao partido governar com estabilidade. "É para isso que vamos trabalhar, apresentar o nosso programa, discuti-lo com os portugueses e tentar mobilizar o povo português para termos uma vitória que garanta um peso suficiente ao Partido Socialista para liderar uma solução de governo com estabilidade", afirmou, esclarecendo que não estava a falar de "maiorias absolutas".

[Notícia atualizada às 16h37]

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