Partidos unânimes a favor da reabertura da Linha de Leixões a passageiros
Os representantes partidários presentes na conferência 'A Abertura da Linha de Leixões', em Ermesinde (Valongo), defenderam a reabertura da linha após a experiência de 2009 a 2011, mas com algumas condições.
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Política Leixões
No entender de José Carlos Barbosa, deputado do PS e comissário da conferência hoje realizada no âmbito da Entre Linhas - Festa do Ferroviário, organizada pela Câmara de Valongo e que decorre até domingo em Ermesinde e na Gandra, "o que falta é tomar uma decisão e dizer 'vamos fazer amanhã', vamos gastar 10, 20 ou 50 milhões".
"Falta às vezes a capacidade de dizer 'vamos executar'", reiterou o deputado socialista, frisando que, em primeiro lugar, falta também à CP autonomia financeira e o saneamento da dívida histórica.
Já Paulo Ramalho, deputado do PSD, disse hoje que a Linha de Leixões "pode reabrir", mas há a necessidade de "assegurar a intermodalidade" com outros meios de transporte, como o Metro do Porto ou os autocarros.
Para o deputado do PSD é também importante "perceber onde é que têm de estar as estações", considerando que há "uma zona empresarial muito importante que pode ser servida", bem como o aeroporto Francisco Sá Carneiro, que "também pode ser devidamente alimentado por essa linha".
Já para Jaime Toga, do PCP, "não há razão nenhuma para estar a criar dúvidas sobre a intermodalidade", e o que falta é "vontade política", dizendo que faltou a José Carlos Barbosa, deputado do PS (que apoia o Governo), utilizar claramente essa expressão.
Pelo BE, o deputado José Soeiro defendeu que a linha "claramente" é para reabrir, até porque "o parlamento já defendeu que sim e já o recomendou por mais que uma vez, através de mais do que uma iniciativa".
Pela IL, o deputado municipal em Gaia Gonçalo Pinto defendeu que a linha "é para reabrir já, sem dúvida".
Os responsáveis políticos falaram antes de ser conhecida a proposta da CP - Comboios de Portugal para a reabertura da Linha de Leixões, que compreende uma reativação do serviço de passageiros até Leça do Balio a partir de Campanhã, mas apenas se forem construídas paragens no Hospital São João e Arroteia.
De acordo com um estudo apresentado hoje na conferência de Ermesinde, a CP tem capacidade para oferecer, atualmente, frequências de um comboio por hora.
Para tal, segundo explicou o administrador da CP Pedro Ribeiro, seria feita uma extensão dos comboios que vêm da Linha do Norte (Granja, Ovar e Aveiro) que ficam em Porto Campanhã rumo a Leça do Balio, em vez de ficarem parados na estação portuense.
Assim, numa primeira fase, de acordo com o estudo da CP apresentado hoje, as estações servidas seriam Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (servindo também o polo universitário da Asprela), São Mamede de Infesta, Arroteia (servindo a Efacec) e Leça do Balio (servindo a Lionesa e Unicer).
Numa segunda fase do projeto, o objetivo da CP, segundo o áudio do vídeo apresentado, "devem ser considerados o apeadeiro de Guifões e a estação terminal de Leixões" (próxima à estação de metro do Senhor de Matosinhos), mas no gráfico apresentado no vídeo é possível ver o apeadeiro de Custió-Araújo (próxima às estações de metro da Linha Verde para a Maia).
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