Último plenário antes do debate do Estado da Nação durou seis horas
O último plenário com votações desta sessão legislativa, na véspera do debate do estado da nação, decorreu durante seis horas e ficou marcado por um pequeno protesto nas galerias contra o pacote 'Mais Habitação'.
© Global Imagens
Política Estado da Nação
Como habitualmente, a sessão plenária começou pelas 15h00 e os três debates que antecederam a 'maratona' de votações ocuparam perto de quatro horas, com os deputados a discutir a reforma das ordens profissionais, as prioridades da Presidência espanhola do Conselho da União Europeia ou ainda o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão Política da TAP.
O relógio da Sala das Sessões, temporariamente sem ponteiros, não marcava horas, mas foi pelas 18h55 que os deputados começaram a tradicional 'maratona' de votações que terminou já depois das 21h00.
O guião cresceu das iniciais 16 para 20 páginas e contava ainda com dois guiões suplementares, um deles sobre o programa "Mais Habitação". No momento em que as forças políticas votaram contra esta iniciativa do Governo, algumas pessoas presentes nas galerias, vestidas de preto, levantaram-se e saíram do lugar em protesto, ouvindo-se a bater com os pés no momento em que abandonaram as galerias.
Aquela votação foi interrompida momentaneamente, mas continuou logo de seguida.
O período de votações ficou também marcado por momentos de algum humor protagonizados pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Já a 'maratona' contava com uma hora e 20 minutos, e a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, pediu para fazer uma declaração de voto oral, com o presidente do parlamento a responder, em tom de brincadeirah "Oh senhora deputada, com o que eu tenho feito por si...".
Santos Silva repetiu por várias vezes, em momentos diferentes, expressões como "mais uma declaração de voto para a mesa do canto", "mais uma declaraçãozinha de voto" ou "força senhora deputada, dê o seu melhor" quando foi lido um parecer da 14.ª comissão pela socialista Maria da Luz Rosinha.
A certa altura, o PCP propôs avocar para plenário a votação na especialidade do projeto de lei que alarga as formas de pagamento do apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis, e Santos Silva colocou à votação esse requerimento, questionando, em tom de brincadeira, "Quem se atreve a votar contra?" - uma vez que estas iniciativas são habitualmente aprovadas por unanimidade.
Outro momento que gerou alguns risos dos deputados foi a votação de um projeto de resolução do PAN que propunha o incentivo a atividades 'mindfulness' nas escolas e tempos livres ao ar livre".
Entre as cerca de 40 propostas votadas hoje, estava o programa "Mais Habitação", as alterações ao Regimento da Assembleia da República ou a proposta de amnistia a propósito da Jornada Mundial da Juventude.
Na quinta-feira, está prevista a última sessão plenária antes da pausa para férias com o debate sobre o Estado da nação, que contará com a presença do Governo.
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