O antigo dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã comentou, esta quinta-feira, a 'novela' entre o ministro das Infraestruturas e o seu ex-adjunto, que o acusa de o ter ameaçado, relativamente à sua polémica exoneração e a um episódio que aconteceu no ministério, quando Frederico Pinheiro tentou reaver o seu computador de serviço, uma vez exonerado.
"Há mesmo coisas mais importantes do que telenovela das Infraestruturas. Mas o que o Governo nos diz é que não se interessa por isso. E está concentrado em tornar Galamba no ministro mais poderoso de todos", alertou Louçã, considerando que João Galamba é "o único que nunca pode ser remodelado, depois de o primeiro-ministro ter garantido que o mantém apesar das situações 'rocambolescas', 'bizarras' e 'inadmissíveis'" que aconteceram no ministério, em abril.
No Facebook, o antigo dirigente bloquista disse parecer que Galamba é "um ministro inexpugnável, aconteça o que acontecer - o único que nunca pode sair, faça o que fizer ou que não fizer".
Na mesma mensagem, Louçã disse também que "Galamba não tem nada que ver com a gestão da saúde". "E muita gente, incomodada com a farsa em que se tornou a gestão de pelo menos um ministério, virá hoje dizer que há coisas mais importantes do que aquela farândola do ministério das infraestruturas", continuou, lamentando: "E é que há mesmo: 1.678 milhares de pessoas, quase dois milhões, sem médico de família; desprezo pelos professores e professoras; salários e pensões baixas e juros altos; incompetência nas medidas energéticas; dez milhões de lucros da banca por dia. E o que mais se sabe."
Para o antigo dirigente do Bloco de Esquerda, é uma situação que "dá uma medida da degradação a que uma maioria absoluta pode chegar". "Estão-se nas tintas para o que o país pensa desta extravagância. A aventura continua", concluiu.
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