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"Demora" das Finanças em responder à Lusa é "inaceitável"

A vice-presidente da comissão parlamentar de Comunicação, Joana Mortágua, classificou hoje de "inaceitável" a demora do ministro das Finanças em responder à administração da Lusa de forma que esta possa negociar com os trabahadores.

"Demora" das Finanças em responder à Lusa é "inaceitável"
Notícias ao Minuto

13:56 - 17/05/23 por Lusa

Política Joana Mortágua

Joana Mortágua falava à Lusa no final de uma visita que os deputados da comissão parlamentar de Comunicação, Cultura, Juventude e Desporto fizeram à sede da agência de notícias portuguesa, em Lisboa, na sequência de um convite dos órgãos representativos dos trabalhadores (ORT).

"Viemos ver em concreto os problemas que já sabíamos que existiam", afirmou a deputada.

Por um lado, "alguns resquícios de precariedade que não são assim tão poucos nem tão pouco importantes, nomeadamente com correspondentes pelo país" e "ficámos também com uma perceção da importância da Lusa no mundo e de como seria importante investir nisso, ter mais correspondentes, de como é importante ter uma agência língua portuguesa não só para Portugal, mas para para os países de língua portuguesa e depois, naturalmente, a grande questão que nos trouxe, que é a negociação salarial com os trabalhadores" sintetizou.

No entanto, "há uma matéria que acho que estamos todos de acordo, que é a demora da tutela, e nomeadamente do ministro das Finanças, em responder à administração de forma a que a administração [da Lusa] possa negociar com os trabalhadores", destacou.

Isto "tem a ver com os aumentos salariais imediatos relacionados com 1% que está anunciado já há um mês e meio (...) e o Governo demorou um mês e meio para dizer que isto se aplica à Lusa num momento em que estão a negociar salários", enfatizou a vice-presidente da comissão.

"É inaceitável", rematou, referindo que também tem a ver com "negociação do contrato de serviço público que tem de permitir à Lusa conseguir negociar salários dignos para todos os trabalhadores, sem estar permanentemente com a corda na garganta".

O Ministério das Finanças anunciou hoje ter dado indicações às empresas do Setor Empresarial do Estado (SEE), do qual a Lusa faz parte, para processarem o aumento salarial adicional de 1% anunciado em março para a Administração Pública.

"Depois, foi-nos relatado também a questão dos acionistas, nomeadamente de um dos acionistas, que é a Global Media, que tem uma dívida grande à Lusa e isso é uma questão que eu acho que tem a ver já com o modelo de agência pública de notícias, que eu acho que cada grupo parlamentar irá na sua discussão interna, eventualmente com que trazemos daqui, também pensar e refletir sobre o que é que é uma agência pública de notícias e que tipo de investimento aquela deve ter e promoção é que ela deve ter do Estado", acrescentou.

De acordo com o relatório de governo societário da Lusa de 2022, no que se refere aos saldos pendentes com as entidades relacionadas, a Global Media Group (GMG) apresentava 646.757 euros no final de dezembro passado.

A Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, entre outros, acionista da Lusa com 23,36%, tem um acordo de pagamento a ser cumprido este ano.

"Esta visita foi muito importante para manter o interesse que a comissão já tinha nesta matéria", asseverou Joana Mortágua, que é deputada do Bloco de Esquerda (BE).

"Cada grupo parlamentar fará com a informação que aqui recebeu aquilo que entender, mas eu acho que isto foi muito importante para despertar algumas questões que são essenciais para o futuro da Lusa", concluiu.

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