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Crescimento? "Uma andorinha também não faz o boletim da primavera"

A Iniciativa Liberal saudou as notícias de que a UE reviu, em alta, o crescimento português em 2023, mas deixou ressalvas.

Crescimento? "Uma andorinha também não faz o boletim da primavera"
Notícias ao Minuto

17:31 - 15/05/23 por José Miguel Pires com Lusa

Política Iniciativa Liberal

Para o deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, a revisão em alta, por parte da União Europeia, do crescimento económico português em 2023 é "caso para dizer que uma andorinha também não faz o boletim da primavera".

Em reação às notícias difundidas esta segunda-feira, Cotrim Figueiredo começou por congratular-se com as previsões de Bruxelas relativas ao crescimento da economia portuguesa, que reviu em alta de 1% para 2,4% em 2023.

"Gostava que tivessem atenção ao que está nas entrelinhas desses dados. Em relação ao crescimento, o que a UE faz é rever em alta os números para 2023 e atribui essa alta, sobretudo, ao setor exportador, em particular o setor do turismo", começa por argumentar o liberal, acusando que, em relação a esse setor, "este Governo tem feito pouco, ou nada, e o que tem feito é no sentido de desvalorizar e atacar o setor, nomeadamente com aquilo que tenta fazer ao alojamento local no pacote +Habitação".

Para Cotrim Figueiredo, é também importante realçar que "relativamente a 2023, continua em queda a procura interna, que é aquilo que, basicamente, nos dá a entender a qualidade de vida dos portugueses", pelo que "não são boas notícias para a vida diária das pessoas".

O deputado liberal alerta ainda que, relativamente a 2024, o boletim de primavera da UE mantém a estimativa e previsão anterior. "No boletim da primavera estão projeções para todos os 27 países da UE, incluindo os 15 países da coesão, com cujas economias temos mais semelhanças. Portugal, em 2024, vai crescer menos do que todos os países da coesão. Isso também deve ser citado ao mesmo tempo que citamos as boas notícias relativamente a 2023", defende.

Estado é "maior beneficiário da inflação"

Cotrim Figueiredo debruça-se também sobre as boas notícias relativamente ao défice, onde também há uma revisão em alta. "Esse défice, inferior ao que está orçamentado, vai ser conseguido porque vai haver mais receitas fiscais do que estavam orçamentadas. Mais uma vez, em 2023, o que a UE vem dizer é que o Governo vai ser o grande beneficiário da inflação, porque vai cobrar muito mais impostos do que tinha orçamentado, mais uma vez prejudicando a vida quotidiana dos portugueses", diz.

Para o antigo líder liberal, o importante agora seria que, com estes números em mãos, o Governo produzisse "uma redução fiscal generalizada para estimular a economia e a procura interna".

Nas previsões económicas de primavera, a Comissão Europeia melhorou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português para este ano face aos 1% previstos em fevereiro e manteve inalterada a previsão de uma taxa de 1,8% para 2024.

A previsão coloca Portugal no 'top três' dos países da zona euro com a maior taxa de crescimento deste ano, a par da Grécia, apenas ultrapassados pela Irlanda (5,5%) e por Malta (2,4%).

O cenário coloca também o PIB português a crescer acima da média da zona euro (1,1% este ano e 1,6% em 2024) e da União Europeia (1% este ano e 1,7% em 2024).

Leia Também: Bruxelas revê em alta crescimento do PIB português para 2,4% este ano

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