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Manifestação do Chega junta uma centena (mas com distância da sede do PS)

A manifestação convocada pelo Chega como um cerco à sede nacional do PS, em Lisboa, juntava hoje, perto das 16h00, mais de uma centena de pessoas, mas colocadas a vários metros de distância do edifício.

Notícias ao Minuto

16:11 - 13/05/23 por Lusa

Política CHEGA

Cerca de vinte agentes da PSP, das equipas de intervenção rápida, acompanhados de várias viaturas, criaram um perímetro de segurança e cortaram a estrada em frente ao largo do Rato, que ficou vazia.

Apesar de afastados da sede do PS e encostados ao muro em frente, as intervenções na concentração do Chega começaram com aplausos às forças de segurança.

Ainda sem a presença do presidente do partido, André Ventura, os manifestantes tentaram fazer um cordão humano no espaço que lhes foi reservado, resultando numa espécie de semicírculo, apesar de o 'speaker' continuar a falar num cerco à sede socialista.

A manifestação iniciou-se cerca das 15h30 e decorreu de forma pacífica, apenas com gritos de Chega e algumas bandeiras.


Quando o presidente do Chega, André Ventura, chegou ao local, faltavam poucos minutos para as 16h00, a agitação aumentou, com gritos: "Direita só há uma, a do Chega e mais nenhuma".

Na quinta-feira, o presidente e deputado do Chega afirmou que o objetivo da manifestação seria "fazer um cerco à sede do PS para mostrar a indignação à forma como tem governado o país". Ventura acrescentou ter-se reunido com as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa, esperando "uma manifestação ordeira e pacífica".

Nas redes sociais, o partido anunciou a iniciativa como um "cerco ao largo do Rato, contra a corrupção e a impunidade do PS", com fotografias dos ex-governantes José Sócrates e Armando Vara ou do antigo banqueiro Ricardo Salgado e frases como "em Portugal a corrupção tem uma marca" ou "não ao abuso de poder".

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, e o antigo dirigente socialista Francisco Assis já se insurgiram contra este tipo de manifestação, que classificaram como "antidemocrática", "inqualificável" ou "vandalismo institucional", apelando ao repúdio de todos os democratas.

Em comunicado, o PS/Lisboa reclamou, em comunicado, saber quais as diligências da câmara da capital, liderada por Carlos Moedas (PSD) quanto ao "processo de decisão, incluindo todas as comunicações trocadas [com o Chega], para que não fique qualquer dúvida sobre a sua atuação numa anunciada manifestação contrária à lei".

Os socialistas de Lisboa afirmam, em comunicado, que o decreto-lei 406, de 1974, que "garante e regulamenta o direito de reunião", não permite a organização de 'cercos'".

[Notícia atualizada às 17h53]

Leia Também: Manifestação do Chega? Comportamento "profundamente antidemocrático"

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