POUPANÇA NO MINUTO
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Costa é "o responsável pela diminuição da autoridade política do Governo"
O líder da oposição acusou o primeiro-ministro de estar a "fazer uma fuga às responsabilidades" no caso que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
© Getty Images
Política Luís Montenegro
O líder do PSD, Luís Montenegro, acusou, este sábado, o primeiro-ministro, António Costa, de ser "responsável pela diminuição da autoridade política do Governo".
Em causa está o ‘caso Galamba’ e o facto de o chefe de Governo ter defendido que o objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP circunscreve-se ao período entre 2020 e 2022, altura em que o ministro das Infraestruturas, João Gamba, era secretário de Estado da Energia.
"Cada vez há menos autoridade no Governo e o primeiro-ministro, em vez de inverter esta tendência, é ele próprio o responsável pela diminuição da autoridade política do Governo", começou por referir o líder da oposição numa publicação na rede social Twitter, afirmando estar "estupefacto" por Costa "dizer que a atuação de João Galamba foge ao âmbito da Comissão de Inquérito".
Montenegro lembrou que "o ministro das Infraestruturas não disse ao país que tinha tido uma reunião com a ex-presidente executiva da TAP", Christine Ourmières-Widener, tendo depois assumido "que isso tinha acontecido".
"Disse que tinha sido a ex-presidente executiva da TAP a pedir uma reunião com o Grupo Parlamentar do PS e depois veio assumir que afinal tinha sido ele a sugerir essa reunião", sustentou.
Sobre a demissão do ex-adjunto de Galamba, Frederico Pinheiro, e o alegado roubo de um computador do Estado, o líder dos sociais-democratas acusou Costa de estar "a fazer uma fuga às responsabilidades".
"O primeiro-ministro disse que houve um roubo no Ministério das Infraestruturas. O ministro das Infraestruturas também disse que tinha havido um roubo. O Governo pediu intervenção dos Serviços de Informação da República Portuguesa. O SIS atuou e a Comissão de Inquérito não vai apurar aquilo que aconteceu com todos estes dados? O primeiro-ministro está, uma vez mais, a fazer uma fuga às responsabilidades", atirou.
Na sexta-feira, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro defendeu que a CPI "foi criada com um objeto muito específico: analisar a gestão pública entre 2020 e 2022" e que, "nessa altura, João Galamba era secretário de Estado da Energia".
"Não vejo o que o atual senhor ministro das infraestruturas, João Galamba, tenha a ver com o que aconteceu na TAP entre 2020 e 2022. Esse é o objeto da comissão parlamentar de inquérito", frisou.
Leia Também: TAP. Alberto Souto admite ter dado orientação a Lacerda, mas nega pressão
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