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Catarina Martins "determinou viragem no país, só ela o poderia ter feito"

Coordenadora do Bloco de Esquerda não se vai recandidatar na próxima convenção do partido, agendada para 27 e 28 de maio.

Catarina Martins "determinou viragem no país, só ela o poderia ter feito"
Notícias ao Minuto

15:15 - 14/02/23 por Marta Amorim

Política BE

Francisco Louçã escreveu esta terça-feira, na sua página de Facebook, um longo texto de "agradecimento a uma mulher que marca a política portuguesa", referindo-se a Catarina Martins - que está de saída da liderança do Bloco de Esquerda (BE).

"Durante dez anos, a Catarina foi o rosto do Bloco. Até então foi sua militante, assim continuará. Fez o Bloco mais enraizado e mais capaz politicamente e ninguém o teria conseguido como ela. Determinou uma viragem no país e só ela o poderia ter feito", começou por escrever o antigo líder do BE. 

Segundo Louçã, "essa viragem ameaçou a oligarquia" e essa foi a razão pela qual "Costa manobrou para provocar uma crise em busca da maioria absoluta, ou para mostrar contra ela uma agressividade inaudita no parlamento, ou pela qual o Chega lhe faz o favor de a tomar como um alvo pessoal", pode ler-se.

"Estou certo de que um e outros continuarão a ter muitos motivos para esse ressentimento que teme a luta pela liberdade e pela igualdade. Dessa coerência, da coragem que demonstrou - pois foi das primeiras mulheres a dirigir um grande partido -, da sua preparação e da sua serenidade, que arrasou tantos dos adversários que cruzou em debates de eleições, do seu empenho em percorrer o país, ouvir as pessoas, mobilizar militantes, estabelecer pontes, de nada disso falarei hoje, antes de mais porque quem lê estas linhas bem o sabe", escreve ainda o economista. 

Por fim, deixa um "agradecimento tão grande como" a "dívida" que diz ter para com ela.

O fundador do BE agradece ainda pelos "momentos de alegria, pelo discurso de inteligência, pela curiosidade em relação ao que se move, pela dedicação às causas que nos definem, pela simplicidade tão sincera", ou simplesmente "porque é em momentos difíceis que encontramos quem engrandece a esquerda e cria a esperança de uma resposta forte num mundo de poderes canalhas".

"Conhecer a Catarina foi uma sorte para mim e porventura para outras pessoas, apoiá-la no seu combate foi uma honra, segui-la foi uma aprendizagem e ter a certeza de que continuamos lado a lado é uma tranquilidade", pode ler-se, por fim. 

Recorde-se que Catarina Martins vai sair da liderança do Bloco de Esquerda (BE) em maio, não se recandidatando na próxima convenção do partido, anunciou a mesma em conferência de imprensa, esta terça-feira, a partir de Lisboa. 
 
"Comuniquei aos e às ativistas do Bloco de Esquerda que não serei candidata a coordenadora na próxima Convenção Nacional do Bloco", anunciou.

Questionada sobre uma eventual candidatura às próximas europeias, Catarina Martins reiterou que hoje estava a anunciar "aquilo que exige este momento".

"Este é o momento para que a coordenação do Bloco seja assumida por outra pessoa. Não estou a anunciar nem mais nem menos do que isto, com a tranquilidade de ter feito o melhor que sabia durante este período, com a tranquilidade de saber que o Bloco tem hoje um amplo reconhecimento popular pela sua coerência e também tem muitas pessoas com toda a capacidade e a preparação", reiterou.

Leia Também: "Faz parte". Marcelo deixa "palavra de cumprimento" a Catarina Martins

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