Rio diz que Alexandra Reis "não tem condições" para continuar no Governo
Ex-líder do PSD considera que, "a cada hora que passa", aumenta o "desgaste" da atual secretária de Estado do Tesouro e do Governo.
© Global Imagens
Política Rui Rio
Rui Rio, antigo líder do PSD, defendeu, esta terça-feira, que Alexandra Reis "não tem" condições políticas para "poder continuar" como secretária de Estado.
Numa publicação divulgada no Twitter, Rio admitiu que a "primeira responsabilidade" é da TAP, "pela péssima gestão" do dinheiro público, mas considerou que, "objetivamente", Alexandra Reis não tem condições para continuar no Governo.
"Apesar da primeira responsabilidade pela péssima gestão do nosso dinheiro ser da TAP, objetivamente, a Dra. Alexandra Reis não tem, neste momento, condições políticas para poder continuar como SE [Secretária de Estado]. A cada hora que passa o desgaste dela e do Governo vai crescendo", escreveu o ex-líder social-democrata.
Recorde-se que os Ministérios das Finanças e das Infraestruturas e Habitação revelaram, esta terça-feira, que receberam os esclarecimentos que haviam pedido à TAP sobre sobre as funções de Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro, bem como a indemnização que lhe havia sido atribuída pela companhia aérea, tendo os documentos sido remetidos para a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), "para avaliação de todos os factos que tenham relevância no âmbito das suas esferas de atuação".
No documento enviado ao Governo, e entretanto divulgado, a TAP esclarece que foi a própria companhia que, "por iniciativa própria", iniciou o "processo negocial com Alexandra Reis no sentido de ser consensualizada por acordo a cessação imediata de todos os vínculos contratuais", e explica como se chegou à indemnização de 500 mil euros, defendendo a legalidade todo o processo.
Além disso, a documentação revela que Alexandra Reis começou por exigir uma indemnização de mais de 1,4 milhões de euros para cessar funções na companhia.
"Como contrapartida pela cessação de todas as referidas funções contratuais, e não obstante a pretensão inicial de AR [Alexandra Reis] se cifrar em 1.479.250 euros, foi possível reduzir e acordar um valor global agregado ilíquido de 500.000 euros a pagar", à atual governante, pode ler-se.
Leia Também: Governo já recebeu esclarecimentos da TAP e remete-os para a IGF e CMVM
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