Irão? Portugal valoriza "mais debate sobre razões" da derrota no Mundial
Antigo presidente do PSD elogiou, contrariamente, a forma como o povo alemão tem manifestado o seu apoio aos cidadãos iranianos.
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Política Rui Rio
O antigo líder do PSD, Rui Rio, recorreu à rede social Twitter para criticar a forma como a comunidade portuguesa tem vindo a prestar o seu apoio face à "luta pelos direitos humanos" levada a cabo pelo povo iraniano, elogiando, em contrapartida, os alemães pela sua atitude face à temática.
"Em Berlim, a Alemanha continua a mostrar-se solidária com a revolução iraniana e com a luta pelos direitos humanos. Sucedem-se as manifestações e os debates sobre a situação no Irão", começou por escrever o antigo deputado social-democrata.
A propósito do tema, Rui Rio quis ainda elucidar as "diferenças" existentes entre os povos português e alemão, lembrando a derrota da seleção portuguesa de futebol nos quartos de final do Mundial, que se encontra ainda a decorrer no Qatar. "Por cá, valorizamos mais o debate sobre as razões pelas quais perdemos 1-0 com Marrocos", referiu.
Em Berlim, a Alemanha continua a mostrar-se solidária com a #IranRevolution e com a luta pelos direitos humanos. Sucedem-se as manifestações e os debates sobre a situação no Irão.
— Rui Rio (@RuiRioPT) December 13, 2022
Por cá, valorizamos mais o debate sobre as razões pelas quais perdemos 1-0 com Marrocos. Diferenças! https://t.co/mh5hKge2ob
As manifestações de apoio da comunidade alemã aos cidadãos iranianos surgem numa altura em que o regime do país deu já início ao processo de execução de manifestantes que se têm insurgido contra a repressão dos direitos humanos e contra o governo nacional. Mais de duas dezenas de iranianos enfrentam uma possível acusação dessa natureza, devido ao seu envolvimento nos protestos.
Desde a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que viria a perder a vida enquanto estava sob custódia da polícia da moralidade, no passado mês de setembro, que se têm multiplicado as ações de contestação no país. A rapariga viria a ser detida por não usar o véu islâmico adequadamente - e, consequentemente, por violar a lei em vigor no país.
Segundo a organização não-governamental Iran Human Rights, mais de 500 pessoas morreram e pelo menos 15 mil foram detidas no decorrer de cerca de três meses de protestos.
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