Proposta do OE2022 "não responde às questões centrais do nosso país"
Líder parlamentar do PCP defende que as medidas apresentadas em outubro são ainda mais urgentes agora e que travar o aumento do custo de vida, aumentar salários e pensões e fixar profissionais de saúde são necessidades fundamentais.
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Política PCP
A líder parlamentar do PCP defende que a proposta do Orçamento do Estado 2022, cujas linhas gerais foram hoje apresentadas pelo Governo aos grupos parlamentares, "não responde às questões centrais do nosso país".
Para Paula Santos, é essencial travar o aumento do custo de vida, que afeta trabalhadores, e que isso passa por "controlar e fixar preços máximos".
"Ao que tudo indica a proposta que o Governo está a preparar de Orçamento do Estado não responde às questões centrais do nosso país, aos problemas que afetam os trabalhadores. Estamos a falar da necessidade urgente de aumentar os salários e as pensões para melhorar as condições de vida mas também travar o aumento dos custos de vida", começou por apontar aquela que é a primeira mulher líder de bancada na história do partido.
A deputada sublinha que é preciso "o controlo e fixação de preços máximos de forma a combater os preços especulativos, mas também a impedir que a guerra e as sanções, tal como a epidemia, estejam a ser o pretexto para os grupos económicos continuarem a aumentar lucros à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo".
A necessidade de fixar profissionais de saúde, o reforço do conjunto de medidas no que diz respeito à habitação, bem como travar o aumento do custo de vida são os principais pilares a que o OE2022 deve dar resposta.
"O Governo mantém a centralidade na obsessão da redução do défice e na transferência dos custos do agravamento do custo de vida para os trabalhadores", aponta Paula Santos manifestando que o Governo mantém a recusa em resolver os problemas que afetam o povo.
Refira-se que a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) vai ser apresentada pelo Governo na quarta-feira, conforme já confirmaram as Finanças, sendo que o documento do Governo deverá rever em baixa o cenário macroeconómico em relação ao Orçamento 'chumbado' em novembro, que levou à queda do Governo e eleições antecipadas. O objetivo para o défice mantém-se inalterado.
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