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Costa refém? "Para Marcelo, a estabilidade sempre esteve no pensamento"

Manuela Ferreira Leite considerou, no seu comentário na CNN Portugal, que sempre ouviu o chefe de Estado "defender, nos últimos tempos com mais ênfase, a necessidade de uma estabilidade política". Então, "é no local próprio, quando tomou posse um Governo, que ele devia dizer qual era a sua maior preocupação".

Costa refém? "Para Marcelo, a estabilidade sempre esteve no pensamento"
Notícias ao Minuto

23:14 - 31/03/22 por Notícias ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite e José António Vieira da Silva estiveram, esta quinta-feira, no 'Crossfire', da CNN Portugal, onde o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na tomada de posse do novo Governo e a afirmação do Presidente da República, hoje, de que António Costa está "refém" do povo português foram o tema principal do debate. 

Para a ex-líder do PSD, "isto não é tema de discussão". Manuela Ferreira Leite apontou sempre ter ouvido o chefe de Estado "defender, nos últimos tempos com mais ênfase, a necessidade de uma estabilidade política"

"Para ele [Marcelo], a estabilidade política é algo que sempre esteve no pensamento, nos discursos e nas últimas intervenções que fez. Portanto, é mais ou menos óbvio que uma pessoa que está preocupada com isso, no dia em que tem um Governo que não tem nenhum motivo para haver instabilidade... não interpreto isto de outra forma", vincou. 

Contudo, há uma "coisa que espanta" Manuela Ferreira Leite. "No fundo, o Presidente da República exprimiu aquilo que tem sido sempre a sua preocupação que é a estabilidade política, disse-o no local próprio e no momento próprio, e, pelos vistos, aquilo que se valoriza é quando não se diz nada ou quando se dizem coisas que não se pensa fazer", fez questão de vincar. 

Ou seja, "é no local próprio quando tomou posse um Governo que ele devia dizer qual era a sua maior preocupação - que sempre foi. Não vejo aqui outro tipo de questão a não ser essa"

Também para José António Vieira da Silva, ministro em vários Governos do PS, a questão não se coloca: "Tendo a concordar com a doutora Ferreira Leite. O debate que se procurou criar a propósito desta intervenção do Presidente da República é um debate que faz pouco sentido". 

"Não vi na campanha eleitoral ou depois da campanha eleitoral nenhum sinal, bem pelo contrário, de António Costa, de que pretende deixar a meio o Governo", destacou ainda. 

Recorde-se que, na quarta-feira, na cerimónia de posse do XXIII Governo Constitucional, Marcelo Rebelo de Sousa avisou António Costa que "não será politicamente fácil" a sua substituição por outra pessoa na chefia do Governo a meio da legislatura, defendendo que os portugueses "deram a maioria absoluta a um partido, mas também a um homem".

"É o preço das grandes vitórias, inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas. E é sobretudo o respeito da vontade inequivocamente expressa pelos portugueses para uma legislatura", afirmou o chefe de Estado perante António Costa, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Leia Também: Costa "é refém do povo". A expressão de César (que Marcelo também usou)

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