Meteorologia

  • 07 MAIO 2024
Tempo
18º
MIN 12º MÁX 26º

CDS-PP diz que Governo "deve atuar já" para retirar portugueses

O presidente do CDS-PP questionou hoje "o que fará o Governo" para proteger os portugueses que se encontram no Afeganistão, considerando que "deve atuar já" para retirar os cidadãos nacionais que ainda se encontram no país.

CDS-PP diz que Governo "deve atuar já" para retirar portugueses
Notícias ao Minuto

20:15 - 16/08/21 por Lusa

Política Afeganistão

"A situação não permite que se tomem decisões tardias quando podem estar vidas em risco. Portanto, pergunto: o que fará o Governo português para proteger os portugueses no Afeganistão, para saber quantos são, e qual é a sua estratégia para a retirada dos mesmos? Não é hora de desleixos nem há margem para erros. O Governo deve atuar já!", escreveu Francisco Rodrigues dos Santos numa mensagem divulgada nas suas redes sociais.

Na publicação, o líder centrista refere que, "apesar da maioria dos portugueses residentes no país já terem saído do Afeganistão, ainda faltam retirar alguns cidadãos portugueses que se encontram em Cabul", a capital do país.

Francisco Rodrigues dos Santos considera ainda que "a tomada de poder pelos talibãs no Afeganistão representa o fracasso da administração Biden [Presidente dos Estados Unidos da América] na sua opção de abandonar desordenada e irresponsavelmente as instituições e o povo afegão à mercê da ameaça talibã".

"Constitui também um perigosíssimo retrocesso civilizacional, assente na violação dos direitos humanos, em especial das mulheres e crianças, colocando o mundo em sobressalto perante a barbárie do terrorismo e radicalismo islâmico", defende igualmente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou hoje que dos 16 civis portugueses que estavam no Afeganistão, 12 já saíram do país e quatro continuam em funções operacionais no aeroporto de Cabul.

Doze portugueses "já foram retirados, a grande maioria trabalhava para a segurança da delegação da União Europeia" em Cabul, explicou à Lusa, adiantando que "falta retirar alguns portugueses que ainda estão em atividade operacional no aeroporto".

Sublinhando que Portugal não tem, "neste momento, nenhum motivo de preocupação com essa dimensão de portugueses civis que ainda estão em Cabul", Santos Silva garantiu que os que ainda estão naquele país "serão retirados proximamente, à medida que as atividades de controlo do tráfego aéreo no aeroporto de Cabul deixarem de ser responsabilidade da comunidade internacional".

Depois de várias ofensivas iniciadas em maio deste ano, na sequência do anúncio dos Estados Unidos da retirada final dos seus militares do Afeganistão, os talibãs conquistaram no domingo a última das grandes cidades que ainda não estavam sob seu poder -- a capital, Cabul -, tendo hoje declarado o fim da guerra no Afeganistão e a sua vitória.

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, abandonou o país no domingo, quando os talibãs estavam às portas da capital, enquanto os líderes do movimento radical islâmico se apoderavam do palácio presidencial.

A entrada das forças talibãs em Cabul pôs fim a uma campanha militar de duas décadas liderada pelos Estados Unidos e apoiada pelos seus aliados, incluindo Portugal. As forças de segurança afegãs, treinadas pelos militares estrangeiros, colapsaram antes da entrada dos talibãs na cidade de Cabul.

Milhares de afegãos, em Cabul, tentam fugir do país e muitos dirigiram-se para o aeroporto internacional onde a situação é caótica.

A situação no Afeganistão será ainda debatida na terça-feira numa reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 estados-membros da União Europeia, na qual Portugal será representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, já que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, está atualmente de férias.

Leia Também: Câmara de Lisboa disponível para receber refugiados afegãos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório