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Autárquicas: Chega quer dar "um abanão" no poder que governa a Madeira

O Chega pretende nas próximas autárquicas atingir o nível de votação que obteve nas eleições presidências na Madeira e dar "um abanão" na estrutura de poder que governa a região, disse hoje o líder do partido, André Ventura.

Autárquicas: Chega quer dar "um abanão" no poder que governa a Madeira
Notícias ao Minuto

23:22 - 28/06/21 por Lusa

Política André Ventura

"A nossa missão é dar um abanão na estrutura de poder que reina aqui na Madeira e não tem deixado os cidadãos satisfeitos. É isso que procuraremos transformar", disse o responsável desta força política aos jornalistas no Funchal, antes de um jantar convívio para apresentar alguns dos candidatos autárquicos já escolhidos nesta região.

André Ventura reforçou que o objetivo do Chega é ser "a terceira força política" e "chegar ao nível das presidenciais", admitindo que esta é uma meta "ambiciosa".

"Evidentemente que na Madeira há um contexto político diferente do continente" que vai exigir que o partido "se adapte a essa situação", opinou.

"Em qualquer caso, a oposição para nós está no sistema, não é questão de ser PS ou PSD, e PS e PSD têm sido parte do sistema ao longo do últimos 46 anos", argumentou.

André Ventura apontou que nestas autárquicas o objetivo do Chega é "ficar em terceiro lugar, conseguir consolidar em número de votos nacionais, não em número de câmaras, ultrapassando o PCP e BE, e conseguir ficar logo atrás do PS e do PSD".

"Vamos ver se aqui, na Madeira, o conseguimos concretizar , temos pelo menos um bom indicador que são as eleições presidenciais, em que fiquei em segundo lugar", complementou.

Realçou que o objetivo "continuar a esmagar o BE e o PCP" como tem acontecido no território continental.

Nas autárquicas, o Chega "está a apostar em concorrer à maioria dos concelhos", salientou, mencionando que o partido "neste momento tem perto de 200 concelhos em 308" do total do país com candidaturas.

No seu entender, este cenário "é algo impensável para um partido que tem três anos e meio de militância", sublinhando que o Chega "é hoje um dos partidos com mais militantes em Portugal".

"E nós temos que aproveitar isto em candidaturas autárquicas", referiu, acrescentando que tanto na Madeira como no continente há "muita gente a disponibilizar-se, a querer avançar e ser candidato pelo Chega".

Também enfatizou que o partido quer "mostrar que será indispensável no futuro, será uma solução incontornável para qualquer governo, inclusivamente para o Governo da Região Autónoma da Madeira, como já é nos Açores".

André Ventura ainda considerou que "as autárquicas na Madeira ganham uma especial importância, porque é a única zona específica do país onde o Chega vai a votos e ainda não teve nenhuma expressão de votação" depois do legislativas nacionais, em 2019 .

"Vai ser interessante ver se os eleitores [na Madeira] que votaram em mim nas presidenciais se manterão fiéis ao PSD ou votarão no Chega", declarou.

Falando sobre a situação da principal autarquia da Madeira, o Funchal, realçou que " desafio" vai ser " tentar desmontar e mostrar que mesmo em cenários de bipolarização, o Chega consegue fazer a diferença", indicou.

Ventura sustentou que pretende que "a Madeira dê um grande sinal autárquico de que o Chega está para ficar e será relevante mesmo num cenário em que domina o centro de direita PSD e CDS",

"Se conseguirmos fazer isso teremos dado um enorme passo para uma vitória nas eleições legislativas, com grande resultado, porque significará que mesmo o eleitorado de direita tradicional é capaz de mudar o voto para o Chega por acreditar, confiar e ver que temos soluções para os problemas do país", concluiu.

O Chega apresentou hoje as candidaturas à presidência de cinco das 11 câmaras municipais do arquipélago, nomeadamente, Miguel Castro (Funchal), Celestino Sebastião (Ribeira Brava), Marco Ferro (Câmara de Lobos), Nélio Gouveia (Santa Cruz) e Magna Costa (Machico.

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