PS afirma que Comissão negou "ladainha" das oposições sobre transparência
O secretário-geral adjunto do PS afirmou hoje que Bruxelas contrariou a "ladainha" das oposições sobre uma alegada falta de transparência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, em particular, considerou "incompreensível" a atuação do PSD.
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Política PRR
Estes reparos foram feitos por José Luís Carneiro no plenário da Assembleia da República, no encerramento de um debate proposto pela bancada socialista sobre o PRR.
"Em resposta à ladainha das oposições sobre a falta de transparência PRR, a Comissão [Europeia] sublinha o intenso trabalho das equipas nacionais e o ímpar processo de participação dos cidadãos e das instituições, o que reforça o contrato político estabelecido entre estes e o Governo", declarou o "número dois" da direção do PS.
Também segundo José Luís Carneiro, por parte dos serviços de Bruxelas, "os mecanismos de controlo, de implementação, de deteção e combate ao conflito de interesses, à fraude e à corrupção, a par com a descentralização são avaliados com nota máxima e vistos como fatores cruciais do plano apresentado por Portugal".
Além deste ponto relativo à questão da transparência na execução do plano, o secretário-geral adjunto do PS também procurou responder às críticas do PSD sobre a ausência de uma aposta de investimentos nas empresas por parte do Governo.
José Luís Carneiro classificou como "incompreensíveis" essas críticas, contraponto que o PRR de Portugal "destina 30% a apoios diretos às empresas, cerca de 5 mil milhões de euros - um valor acima dos 25% da Espanha e dos 23 % da França".
"Contrariamente ao que foi sistematicamente repetido pelas oposições da direita, este não é um plano para ser absorvido pela administração pública e pelo Estado. À administração pública serão dedicados 7,5 %, num esforço com impacto duradouro na qualidade dos serviços. Tratando-se de recursos destinados à incorporação de inovação, de conhecimento e de tecnologia, abre oportunidades para todo o sistema científico e tecnológico nacional", completou.
O secretário-geral adjunto referiu-se ainda ao impacto estimado que terá o PRR na economia portuguesa os próximos anos.
"Prevê-se que o PRR coloque Portugal numa trajetória de crescimento superior à prevista antes da crise. De acordo com estimativas nacionais (do Ministério das Finanças), em 2026 o nosso PIB (produto Interno Bruto) poderá ser 3,5% superior ao que seria sem o PRR", acrescentou.
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