Prazos processuais. Proposta do Governo gera divergência no PSD
A proposta do Governo que acaba com a suspensão dos prazos processuais tem gerado divergências entre os deputados do PSD Carlos Peixoto e Mónica Quintela, primeiro na reunião de Comissão de Assuntos Constitucionais e hoje na da bancada social-democrata.
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Política PSD
De acordo com relatos feitos à Lusa por deputados do PSD, a troca de argumentos entre Carlos Peixoto, 'vice' do grupo parlamentar com o pelouro da 1.ª Comissão, e Mónica Quintela, a coordenadora da bancada nessa comissão, só acabou hoje com a intervenção do líder parlamentar, Adão Silva, que pediu um fim à discussão e sugeriu que, a manterem-se as divergências, agendassem uma reunião entre os dois.
O tema foi introduzido na reunião da bancada - que, devido à pandemia, tem decorrido por meios digitais, à distância - pelo presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Luís Marques Guedes para lamentar a discussão que já tinha acontecido entre os mesmos deputados, na reunião de quarta-feira.
Nessa reunião da Comissão - aberta e a que a Lusa assistiu -, Mónica Quintela criticou a proposta de lei do Governo sobre os prazos judiciais por não ter como regra as diligências presenciais.
Já Carlos Peixoto defendeu a lei, dizendo que a regra da proposta são as diligências presenciais, admitindo que sejam à distância em "diligências residuais", como audiências de partes ou de menores acompanhados.
Hoje, na reunião da bancada, a deputada acusou Carlos Peixoto de ter feito uma "defesa acérrima da proposta do Governo" na comissão, com o 'vice' da bancada a responder que Quintela estaria a distorcer o que se passou.
Questionado pela Lusa, Carlos Peixoto escusou-se a comentar o que se passou na reunião interna, dizendo apenas que "o PSD é um partido pluralista, onde são sempre admissíveis entendimentos diferentes sobre a mesma questão", considerando que estas divergências até são "saudáveis".
A proposta de lei do Governo, que será hoje debatida e votada em plenário, quer que os prazos processuais e procedimentais não urgentes deixem de estar suspensos.
Devido à situação pandémica, e por proposta do Governo, o parlamento aprovou a suspensão dos prazos processuais e procedimentais nos tribunais a 29 de janeiro.
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