"Como temos afirmado, a construção da alternativa é um processo complexo e longo, não só necessário como possível, que exige de nós uma intervenção sem pausas, sem impaciência, sem fadiga", declarou o dirigente Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, no último dia do XXI Congresso do partido, em Loures.
O dirigente alertou que a história "não é algo de parado e imutável mas está em constante movimento", sublinhando a importância de "trazer para primeiro plano" todos os que aspiram a uma verdadeira alternativa de esquerda "na qual pesam e contam as propostas do PCP".
"São as massas, camaradas, que em última análise poderão determinar uma deslocação para a esquerda de amplos setores de opinião, incluindo na base social eleitoral de apoio ao PS, criando as condições para uma alternativa à política de direita e à alternância no poder que tem marcado a vida política nestes últimos 44 anos", apontou o dirigente comunista.
Para Jorge Pires, o conjunto de problemas que subsistem na sociedade portuguesa, como a "precariedade laboral" ou a "degradação dos serviços públicos", fazem com que "o trabalho politico unitário assuma particular importância".
"A situação política atual, saída das eleições legislativas, a correlação de forças estabelecida, a manutenção da campanha contra o partido, a promoção de forças reacionárias e da extrema-direita, reclamam da nossa parte uma intervenção na dinamização do reforço da atividade dos democratas e da sua ação", rematou.
Leia Também: Jerónimo recusa "período experimental" na liderança