"Teremos de nos habituar, a bem ou a mal, a viver com um Estado contido"
O economista Vítor Bento sustenta, no artigo de opinião que assina hoje no Diário Económico, que “os argumentos que têm surgido contra a ‘regra de ouro’ do equilíbrio orçamental são inconsistentes”, já que “ a incontornável realidade é que teremos de nos habituar, a bem ou a mal, a viver com um Estado contido no campo das suas possibilidades financeiras”.
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Política Vítor Bento
No artigo de opinião que assina no Diário Económico desta quarta-feira, o economista Vítor Bento considera que “os argumentos” que têm sido usados “contra a inclusão da chamada ‘regra de ouro’ do equilíbrio orçamental na Constituição são inconsistentes”.
“Diz-se que é uma ideia absurda e desadequada, (…) que é retirada margem de manobra à política orçamental, (…) que o tema não tem dignidade constitucional (…) e restringe as opções políticas, limitando o espaço das escolhas democráticas”, explica.
Porém, sustenta o conselheiro de Estado, “a sociedade política – políticos e eleitores – habitou-se a viver os 40 anos de regime com um ‘modelo de negócio’ assente no futuro. Só que, tendo elevado a dívida pública de 15% até 200% do PIB, a capacidade desse modelo está pura e simplesmente esgotada”.
“Por mais difícil que seja aceitar um ‘novo modelo’, a incontornável realidade é que teremos de nos habituar, a bem ou a mal, a viver com um Estado contido no campo das suas possibilidades financeiras”, acrescenta.
Para Vítor Bento, “a regra orçamental é precisamente a porta para a primeira alternativa. E a escolha do caminho deveria ser um pilar fundamental de um consenso político refundador”.
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