Duarte Cordeiro: "Votarei na candidata Ana Gomes"
Depois de Pedro Nuno Santos, é a vez de Duarte Cordeiro manifestar apoio à candidatura da socialista Ana Gomes.
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Política Presidenciais
Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, apoia a candidatura presidencial de Ana Gomes, anunciou o próprio este domingo num texto publicado no Facebook, um dia depois de a Comissão Nacional do PS ter decidido conferir liberdade de voto aos seus militantes.
Reconhecendo "aspetos positivos" no mandato do atual Presidente da República, "designadamente o seu contributo para a estabilização da vida política nacional e o seu papel no combate a esta pandemia", Duarte Cordeiro entende que não deve apoiar uma candidatura de direita, com uma visão política da sociedade distinta da sua.
"Votarei na candidata presidencial Ana Gomes", posiciona-se o socialista, sublinhando acreditar que "será uma candidatura progressista, humanista, ambientalista, de defesa da liberdade, pelo combate às desigualdades e de convergência no combate à extrema direita, à xenofobia, ao reacionarismo e ao conservadorismo".
Duarte Cordeiro destaca o percurso político e público de mais de três décadas de Ana Gomes, a diplomata e embaixadora em Jacarta que acompanhou e lutou pelo processo de independência de Timor-Leste.
"Uma candidata que, no desempenho dos vários mandatos como Eurodeputada eleita pelo Partido Socialista, teve nas causas humanitárias e na defesa dos direitos humanos a dimensão mais preponderante da sua atividade política. Pelo seu espírito inconformado e lutador e pelo compromisso com estes combates essenciais no nosso presente e futuro, apoio a Ana Gomes", termina o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
Duarte Cordeiro junta-se assim à ala mais à esquerda do PS que se posiciona ao lado da socialista Ana Gomes, tal como o fez ontem, sem surpresas, Pedro Nuno Santos.
Também Tiago Barbosa Ribeiro manifestou apoio à antiga eurodeputada. Numa publicação feita no Facebook, o deputado socialista escreveu: "O meu voto vai para Ana Gomes".
"Em democracia, as eleições tratam de política e não de personalidades. Questões como a defesa do Estado Social, do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, da Regionalização, dos direitos sociais e laborais, da relação entre instituições, da defesa de uma Europa liderante num mundo multipolar, entre outras, traduzem alinhamentos nos princípios e diferenças que não se anulam (nem devem anular) entre esquerda e direita. Para mais num contexto de crise social e económica em que o próximo Presidente da República vai exercer o seu mandato", justificou, destacando o percurso da diplomata.
No sábado, foram vários os dirigentes e ministros socialistas a tomarem posição nas reuniões internas do partido, casos de Pedro Nuno Santos e da líder cessante da JS Maria Begonha, que também apoiam Ana Gomes, ou de Fernando Medina, que disse que votará no atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
Também o ministro Augusto Santos Silva, o ex-ministro Vieira da Silva e a dirigente socialista Edite Estrela fizeram discursos a elogiar a forma como Marcelo Rebelo de Sousa tem desempenhado as funções de Presidente da República.
No sábado, o PS decidiu que a orientação para as eleições presidenciais será a liberdade de voto, sem indicação de candidato preferencial.
A Comissão Nacional dos socialistas, órgão máximo entre Congressos, aprovou uma moção sobre presidenciais, na qual refere expressamente a "avaliação positiva" do mandato do atual Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e saúda a candidatura da socialista Ana Gomes.
Esta moção de orientação política para as eleições presidenciais foi aprovada com duas abstenções e cinco votos contra.
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