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"Dificuldades de acesso à habitação são outro lado da moeda do Algarve"

O primeiro-ministro António Costa esteve em Loulé, esta sexta-feira, na cerimónia de homologação do Acordo de colaboração no âmbito do 1.º Direito (Programa de Apoio ao Acesso à Habitação) e onde revelou que a região do Algarve vai ter mais 500 milhões de fundos europeus até 2027.

"Dificuldades de acesso à habitação são outro lado da moeda do Algarve"
Notícias ao Minuto

17:42 - 23/10/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Economia António Costa

Em Loulé, António Costa falou sobre o Programa de Acesso à Habitação - para o apoio à habitação para 1.400 agregados familiares até 2030 -, referindo que há um "compromisso muito sério com esta região" do Algarve, que é "fundamental para o desenvolvimento do nosso país e na qual temos de ser capazes de responder às suas necessidades"

"Para a generalidade dos portugueses, o Algarve é um local de veraneio onde, aparentemente, só há boas casas, bons hotéis, para além das ótimas praias e do excelente peixe", afirmou o primeiro-ministro, sublinhando que há, depois, "um outro Algarve que, habitualmente, os veraneantes não conhecem que é o Algarve onde vivem mesmo os algarvios"

Esse Algarve, disse o chefe do Governo, "não é o Algarve das habitações de luxo". "Há depois o resto deste concelho que é o concelho onde vivem aqueles que aqui estão 365 dias por ano, aqui trabalham 365 dias por ano e que trabalham, designadamente, para aqueles que em alguns meses do ano vêm aqui veranear"

"Dificuldades de acesso à habitação são o outro lado da moeda do enorme sucesso do Algarve enquanto destino turístico""E aqui, há muitas carências de habitação", sublinhou. "É muito importante respondermos a essa realidade para aqueles que cá vivem permanentemente e para aqueles que é necessário atrair para viverem no Algarve"

"Não é por acaso" que "a região do Algarve é daquelas onde é mais difícil conseguirmos colocação para concursos que são abertos para preenchimento de vagas - de professores nas escolas ou de médicos", apontou.

Algarve vai ter mais 500 milhões de fundos europeus até 2027

Neste sentido, o primeiro-ministro revelou que o Algarve vai dispor de mais 500 milhões de euros de fundos comunitários para executar até 2027, dos quais 200 milhões se referem a um programa específico para a eficiência hídrica.

"Entre o próximo quadro financeiro plurianual e o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o Algarve vais dispor de mais 500 milhões de euros que acrescem àquilo que tem sido, nos últimos anos, o recurso a cerca de 300 milhões de euros de fundos comunitários para executar ao longo de sete anos", afirmou.

O primeiro-ministro, que falava durante a cerimónia de assinatura de um acordo de colaboração entre a Câmara de Loulé e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), adiantou que cerca de 200 milhões são referentes a "um programa especial na área do ambiente" para melhorar a eficiência energética da região, nomeadamente para "combater as perdas da rede" e encontrar "novas formas de abastecimento", como o "recurso à dessalinização".

António Costa destacou ainda a "oportunidade" que as autarquias e empresas algarvias têm para "acederem a outros programas específicos", criados no âmbito do PRR para a "recuperação empresarial, formação profissional e de emprego", que "no caso do Algarve poderá beneficiar de um "programa específico destinado ao setor do turismo", destinado a todo o país, mas que "irá incidir nas regiões" onde este setor "tem um peso reforçado". 

As consequências da pandemia da Covid-19 no turismo, do qual o Algarve é umas das regiões "mais duramente atingidas" e onde a taxa de desemprego tem vindo a "aumentar mais fortemente", levou o governante a assumir "uma responsabilidade acrescida" em contribuir para a "diversificação da base económica da região" para que ser torne "mais resiliente a crises cíclicas" que possam atingir o setor do turismo, "sem que deixe de trabalhar para continuar a ser um dos grandes destinos turísticos à escala mundial".

O evento contou também com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e dos secretários de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho.

[Notícia atualizada às 19h51]

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