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5 de Outubro. PSD "revê-se integralmente" nas palavras de Marcelo

André Coelho Lima considerou que Marcelo Rebelo de Sousa fez um "apelo claro à negociação orçamental que está a decorrer", que focou a importância da gestão da utilização dos fundos europeus e que sublinhou a sobreposição do interesse coletivo ao individualismo em tempos de crise.

5 de Outubro. PSD "revê-se integralmente" nas palavras de Marcelo
Notícias ao Minuto

12:49 - 05/10/20 por Mafalda Tello Silva

Política André Coelho Lima

O PSD fez uma análise muito positiva do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa esta manhã, a propósito da cerimónia comemorativa do 110.º aniversário da Implantação da República, que decorreu em Lisboa. 

Em declarações aos jornalistas, momentos após a intervenção do Presidente da República, André Coelho Lima, vice-presidente social-democrata, afirmou que o partido "revê-se integralmente" nas palavras do Presidente da República. "Foi um discurso muito institucional, muito adequado ao momento que vivemos", acrescentou.

Para o dirigente, a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa "dividiu-se em três partes essenciais que vão ao encontro do que tem sido essa a postura do PSD"

A primeira mensagem destacada prende-se com um "apelo claro à negociação orçamental que está a decorrer": "Ao falar do estado de exceção sanitária que vivemos, o Presidente da República alertou para o sufoco das Pequenas e Médias Empresas (PME). É um apelo claro à negociação orçamental que está a decorrer e um apelo claro a que o Governo consiga resistir a pôr em causa a economia e a vida das empresas para aprovar o Orçamento do Estado”, sustentou.

Em segundo lugar, para o social-democrata, Marcelo Rebelo de Sousa focou a importância da gestão da utilização dos fundos europeus que estão a caminho, sendo esta "a mensagem central" do discurso do Chefe de Estado. "O Presidente disse uma frase muito feliz que 'a ética republicana repudia compadrios, clientelas e corrupções'. Ou seja, deixou um alerta para um aproveitamento ético dos fundos europeus e uma pressão grande para que todos saibamos estar à altura do que exige este momento", argumentou.

André Coelho Lima disse que existe "um dever acrescido de todos de consensualização" para evitar "o que já se fez no passado" que foi, acrescentou, "permitir que a quantidade anormalmente elevada de fundos fosse aproveitada por uns e não em benefício de todos".

Por fim, André Coelho Lima denotou que a última ideia fulcral transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa foi uma em que o PSD se revê em particular, designadamente, referente à sobreposição do interesse coletivo ao individual em tempos de crise. Para o dirigente partidário, esta noção foi desde logo expressada pelo partido em março, sobretudo através do seu presidente Rui Rio, ao "saber interpretar o momento particular", colocando-se "sempre ao lado do país". "Colocar-se ao lado do país significa também estar ao lado do Governo no combate ao vírus e à pandemia", concluiu.

Contras as ditaduras? É "um alerta ao eleitorado e aos cidadãos"

Confrontado pelos jornalistas com as palavras do Presidente referentes a um combate às ditaduras, André Coelho Lima defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa deixou "um alerta ao eleitorado e aos cidadãos"

"Lemos essa parte da intervenção de forma muito tranquila porque todos sabemos que há o advento das extremas direitas um pouco por toda a Europa e Portugal está na Europa. O pluripartidarismo que está já na Assembleia da República traga também os mesmos fenómenos que vemos na Europa. [A mensagem é] um alerta ao eleitorado e aos cidadãos para que saibamos valorizar o que de mais importante temos que é a liberdade e a democracia", disse o vice-presidente do PSD.

Questionado sobre se interpretava as palavras do chefe de Estado contra as ditaduras como um recado ao PSD ou a partidos que possam mostrar disponibilidade para fazer acordos com outros como o Chega de André Ventura, o dirigente não respondeu diretamente à questão e limitou-se a dizer que "se há partido que está confortável em ser um referencial de estabilidade e democracia é o PSD

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