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PSD pede demissão imediata de administradora da Águas do Alto Minho

O PSD de Viana do Castelo pediu hoje a demissão e substituição imediata da administradora executiva da Águas do Alto Minho (AdAM) devido aos 15 mil erros de faturação cometidos no primeiro trimestre de atividade da empresa.

PSD pede demissão imediata de administradora da Águas do Alto Minho
Notícias ao Minuto

12:47 - 20/05/20 por Lusa

Política Viana do Castelo

"Ficaram claramente demonstradas a inexperiência e a incapacidade da administradora executiva em corrigir as causas e as consequências de sucessivos erros de planeamento e de gestão", destaca o comunicado da comissão política concelhia do PSD de Viana do Castelo, hoje enviado às redações.

A agência Lusa questionou a AdAM, mas não obteve resposta até ao momento.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe - Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito - Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) - reprovaram a constituição daquela parceria.

A nova empresa começou a operar em janeiro, "dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, a cerca de 107 mil clientes e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes".

Em abril, o presidente do conselho de administração da AdAM admitiu terem ocorrido erros de faturação nos meses de janeiro e fevereiro e pediu desculpa aos 15 mil consumidores afetados.

Carlos Martins apontou, na altura, o final de maio para a correção daqueles erros, através da emissão de notas de crédito, garantindo que ninguém sairia prejudicado.

"Que fique bem claro, ninguém sairá prejudicado de um processo de que não são culpados. Nós é que nos penalizamos por o ter causado", afirmou Carlos Martins", numa conferência de imprensa convocada na sequência da polémica desencadeada na região, na sequência daqueles erros.

Hoje, a concelhia social-democrata, presidida por Eduardo Teixeira, "exigiu ao presidente da Câmara de Viana do Castelo e ao ministro do Ambiente, com a tutela do Grupo Águas de Portugal (AdP), que promovam a devida responsabilização da administração executiva perante os vianenses, as famílias e todos os agentes económicos do Alto Minho".

"Espera-se que estes, após terem apadrinhado a nomeação da atual administradora executiva - único membro em exercício remunerado de funções na administração-, assumam as suas responsabilidades no processo e possam agora promover a sua imediata demissão e substituição", reforça o documento.

Segundo o PSD, "o ministro João Pedro Matos Fernandes, que não perde uma oportunidade para ajudar Viana do Castelo, estará bem mais familiarizado com as competências da administradora do que os vianenses e os alto minhotos, por força da experiência profissional por esta acumulada nos seus gabinetes governamentais entre 2015 e 2019".

A concelhia liderada por Eduardo Teixeira, que é também deputado eleito pelo distrito de Viana do Castelo, criticou ainda o "reconhecimento tardio dos erros, incómodos e prejuízos causados a milhares de clientes em toda a região" e manifestou "estupefação pela quantidade e gravidade dos problemas detetados relativamente à faturação de consumos inexistentes, que prejudicaram mais de 15.000 clientes".

O partido expressou ainda a sua "solidariedade para com os trabalhadores que aceitaram abraçar este projeto e que são hoje os rostos da necessária confiança para o futuro da empresa, nos gabinetes ou ao nível operacional, certamente não responsáveis pelas decisões de gestão".

"São acionistas sete municípios do distrito, sendo a participação de Viana do Castelo a mais elevada (25.68% com um investimento inicial de cerca de um milhão de euros) e o grupo Águas de Portugal (51%), pelo que é decisiva e incontornável a responsabilidade destes no futuro da empresa", reforça a nota.

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