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"Ferro Rodrigues não andou bem. Nunca tentou serenar os ânimos"

Marques Mendes teceu duras críticas à atuação do Presidente da Assembleia da República (AR) na condução da polémica sobre a sessão solene do 25 de Abril. Uma polémica "desnecessária" a que Marcelo Rebelo de Sousa "pôs fim de forma sensata", elogia o comentador.

"Ferro Rodrigues não andou bem. Nunca tentou serenar os ânimos"
Notícias ao Minuto

22:26 - 26/04/20 por Melissa Lopes

Política Marques Mendes

Com o Dia da Liberdade ainda fresco, Luís Marques Mendes trouxe para a antena da SIC, no seu habitual espaço de comentário, a atuação de Ferro Rodrigues na polémica sobre a sessão solene no Parlamento, acusando o Presidente da Assembleia da República por nunca ter tentado serenar os ânimos.

Ferro Rodrigues "não andou bem neste processo, nem no início, nem durante", disse o comentador, apontando críticas à segunda figura do Estado.

Na ótica de Marques Mendes, Ferro "cometeu um erro logo no início" ao ter consertado aquele modelo de celebração com o Presidente da República, "subalternizando um pouco os outros partidos". "Não o devia ter feito. Numa matéria desta natureza, todos os partidos são iguais e a opinião de todos é importante", defendeu. 

Depois, "andou de recuo em recuo até chegar a um modelo [de celebração no Parlamento] que acabou por ser equilibrado". Ou seja, no entender do comentador, "se este modelo final tivesse sido o modelo inicial, metade da polémica, ou mais, não teria existido". 

Para o social-democrata, o Presidente da AR não esteve bem também nas várias entrevistas que deu. "Não por ter dado entrevistas, mas sobretudo pelo tom que utilizou. Nunca tentou serenar os ânimos, mas contribuiu sempre para os acicatar, é um gesto de alguma insensatez", criticou, acrescentando que Ferro "nunca teve um tom de humildade, de sensibilidade e de bom senso". Optou "sempre por um tom de altivez e de arrogância", frisou. 

Marques Mendes sustentou ainda que "é preciso chamar a atenção do Presidente da AR", uma vez que se trata da segunda figura do Estado. "E da segunda figura do Estado exige-se, não apenas que exprima as suas convicções, mas que seja uma pessoa abrangente, capaz de fazer consensos e não de radicalizar posições". 

O comentador aproveitou para elogiar o Presidente da República, cuja intervenção ontem no Parlamento  classificou como "a mais marcante" e a "melhor" que fez nas várias sessões do 25 de Abril.

Para Marques Mendes, Marcelo "teve dois méritos". O primeiro foi o de ser "pedagógico", ao explicar ao país de "uma forma muito serena, muito clara, a importância de assinalar datas históricas como o 25 de Abril, o 10 de Junho,  5 de Outubro ou como o 1.º de Dezembro, sobretudo em tempo de crise em que nós precisamos de referências".

O segundo mérito, na opinião do comentador, foi "pôr um ponto final nesta polémica, uma polémica desnecessária, uma polémica evitável". "Marcelo pôs fim à polémica de uma forma muito sensata, com elevação, dignidade e espírito nacional", enalteceu Marques Mendes. 

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