"A estabilidade pela estabilidade não é nada", diz Jerónimo de Sousa
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que "a estabilidade pela estabilidade não é nada" e considerou que o Governo socialista tem responsabilidades e respostas a dar aos trabalhadores, "que não estão a ser dadas".
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Política Jerónimo de Sousa
"A estabilidade pela estabilidade não é nada. A estabilidade garantindo direitos, continuar avanços é que determinarão essa questão da estabilidade política", afirmou Jerónimo de Sousa, no final de uma reunião do partido com uma delegação da CGTP, liderada pela secretária-geral, Isabel Camarinha, na sede dos comunistas, em Lisboa.
Questionado sobre uma eventual crise política, o PCP considerou que "não há estabilidade provocando a instabilidade social e laboral" e que não se pode exigir aos trabalhadores portugueses "mais sacrifícios, ou pior, retrocessos, em nome da sacralização da estabilidade", considerou o dirigente.
"A crise política a haver é porque não se encontrou as respostas para o nosso país, para o seu futuro, para este sentido de progresso e de continuação de avanços. A questão está colocada ao Governo do PS", sublinhou Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP afirmou ainda que "no plano do relacionamento [entre PCP e PS] não existe nenhuma anormalidade, o que existe é falta de respostas por parte do Governo em relação a questões concretas, a direitos concretos", acrescentando que "o PS não mudou, o que mudou foi a conjuntura".
"O PS não mudou, o que mudou foi a conjuntura e foi possível, neste quadro de relações de forças, existirem avanços significativos no plano social e isso nós não desvalorizamos mas o PS não se libertou desses constrangimentos que determinam muito da evolução próxima e o futuro do nosso país", considerou o dirigente comunista, lembrando que esta é uma questão à qual "o PS tem que responder".
"Consideramos como uma emergência nacional a questão da resposta aos direitos que foram ofendidos com estas alterações à legislação laboral por parte do governo do PS", aditou o líder.
Jerónimo de Sousa defendeu ainda que "com a valorização do trabalho e dos trabalhadores, ganha a economia, ganha o desenvolvimento, ganha a justiça social, encontrando na CGTP a força organizada no plano social, capaz de responder àquilo que são as aspirações mais fundas dos trabalhadores portugueses".
[Notícia atualizada às 14h59]
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