LIVRE denuncia afastamento de Evo Morales "apesar dos erros cometidos"
O partido LIVRE considerou hoje que a situação política na Bolívia que levou à renúncia do presidente Evo Morales representou um "golpe de estado", apesar de reconhecer "erros cometidos" pelo chefe de Estado cessante.
© Global Imagens
Política Livre
Em comunicado, o LIVRE denunciou o "golpe de Estado que teve lugar na Bolívia" e que "levou à fuga" do presidente Evo Morales, lembrando que o chefe de Estado cessante tinha decidido convocar eleições logo após as suspeitas de fraude eleitoral.
"Apesar dos erros cometidos por Morales, nomeadamente ao querer alterar a lei para poder continuar o seu mandato, este é o momento para condenar um golpe promovido pelas forças militares e reacionárias e que nos relembra o pior da história do continente sul-americano", lê-se no texto.
O partido vê com "apreensão" os últimos acontecimentos na Bolívia, nomeadamente as "imagens de violência sobre as pessoas e sobre representantes políticos", bem como as "imagens da queima das bandeiras Wiphala, símbolo dos povos nativos da Bolívia e também símbolo oficial do país desde 2008."
O LIVRE, partido que já conta com representação parlamentar, apelou ainda ao governo português para que "se posicione claramente contra este golpe e a favor da legitimidade democrática" e ainda que "promova uma resposta a nível europeu, de modo a que a União Europeia possa desempenhar um papel de mediação e de apoio ao restabelecimento da democracia no país."
A Bolívia está a atravessar uma grave crise desde a proclamação de Evo Morales como presidente para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, marcadas por suspeitas de fraude eleitoral, denunciada pela oposição e movimentos da sociedade civil.
Os confrontos entre apoiantes e opositores do presidente da Bolívia desde o dia seguinte às eleições causaram pelo menos três mortos e 384 feridos, segundo dados da Provedoria da Bolívia.
Na última madrugada, Evo Morales, que renunciou após perder o apoio das forças armadas e da polícia, disse que foi emitido contra si "um mandado de detenção ilegal" e que grupos violentos invadiram a sua casa.
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