PEV pede a Matos Fernandes ação transversal contra alterações climáticas
O Partido Ecologista Os Verdes defendeu hoje que a assunção da designação da Ação Climática por parte do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, "não deve ser vã", pedindo uma "ação transversal" sobre setores como os transportes e a agricultura.
© Global Imagens
Política Governo
"Esta designação não deve ser vã e deve levar o ministro em causa a ter uma ação transversal sobre um conjunto de setores com influência nos processos de mitigação e adaptação às alterações climáticas, como no setor dos transportes e da agricultura", defendeu o PEV, em comunicado.
O partido ecologista argumentou que esta "ação transversal deve incidir igualmente sobre um aberto pronunciamento, e ação consequente com objetivos de melhores padrões ambientais, por parte do ministro do Ambiente sobre medidas com grande impacto ambiental, como o crime ambiental que ameaça ser cometido com um novo aeroporto no Montijo, ou a exploração desenfreada de lítio".
João Pedro Matos Fernandes torna-se ministro do Ambiente e da Ação Climática no XXI Governo Constitucional, hoje apresentado pelo primeiro-ministro indigitado, António Costa, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O PEV considera relevante que o ministro Matos Fernandes assuma uma postura mais incisiva (que não teve na passada legislatura) sobre 'dossiers' ibéricos, com impacto relevante em Portugal, tais como os caudais dos rios internacionais e a revisão da Convenção de Albufeira, ou como o encerramento da central nuclear de Almaraz", sustentou o partido.
"Os Verdes" registam ainda a criação de um Ministério da Coesão Territorial, liderado por Ana Abrunhosa, e dizem esperar "que venha a assumir políticas eficazes de promoção de serviços públicos e de captação de investimento para as zonas mais interiorizadas, que têm sido recorrentemente esquecidas e secundarizadas".
O XXII Governo Constitucional, hoje apresentado por António Costa ao Presidente da República, vai ter como ministros de Estado Pedro Siza Vieira, Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Mário Centeno.
Catorze ministros mantêm-se à frente das mesmas pastas, existindo cinco novos ministros, um sinal de "estabilidade e de continuidade" em relação ao anterior elenco governamental, de acordo com o primeiro-ministro.
O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.
O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República "na próxima semana", em "data a determinar", após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.
O PS foi o partido mais votado nas eleições de 06 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo-se o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com