Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Kits incêndio. Aliança defende “uma ou mais demissões”

Partido considera não ser preciso um inquérito para apurar responsabilidades no caso dos kits incêndio distribuídos à população.

Kits incêndio. Aliança defende “uma ou mais demissões”
Notícias ao Minuto

22:32 - 28/07/19 por Melissa Lopes

Política Golas inflamáveis

O partido fundado por Santana Lopes entende ser desnecessário um inquérito sobre o caso dos kits que contemplavam, entre outros materiais, as polémicas golas antifumo inflamáveis.

“Não é preciso inquérito sobre as golas inflamáveis”, refere o partido numa breve nota, considerando ser “dificilmente concebível que o ministro não soubesse”. Defende por isso que “quem autorizou e quem sabia” deve sair. O caso, reforça a Aliança, justifica “uma ou mais demissões” no Governo.

“O secretário de Estado da Proteção Civil também não fazia ideia? Quem autorizou a abertura do processo concursal e quem o decidiu? Quem o fez e quem soube, que saia. Que se acuse e saia, sem mais inquéritos. É o mínimo”, defende o partido de Santana Lopes, sublinhando que todo o processo é "inacreditável".

O secretário de Estado da Proteção Civil, recorde-se, remeteu este domingo a responsabilidade sobre o processo de compra de 'kits de incêndio', que incluem as golas antifumo, para a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

"O processo foi desenvolvido pela Proteção Civil", afirmou, às televisões, José Artur Neves. O governante sublinhou ainda que a gola antifumo, "que alguns especialistas dizem que é inflamável", é um elemento de sensibilização e não de proteção.

"Não é um elemento para proteger o cidadão do fogo, porque não se pretende que o cidadão combata o fogo. Pretende-se transmitir ao cidadão que deve munir-se de um pano, seja ele uma camisola, seja ele uma toalha molhada para não respirar o fumo", especificou.

O Jornal de Notícias noticiou na sexta-feira que 70 mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, que custaram 125 mil euros, foram entregues pela proteção civil no âmbito dos programas "Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras".

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) esclareceu que os materiais distribuídos no âmbito dos programas não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas-práticas.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mandou abrir um inquérito urgente sobre contratação de material de sensibilização para incêndios.

Em comunicado, divulgado no sábado, o Ministério da Administração Interna diz que, "face às notícias publicadas sobre aspetos contratuais relativamente ao material de sensibilização, o ministro da Administração Interna pediu esclarecimentos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna".

Questionado pelos jornalistas, em Mafra, Eduardo Cabrita, considerou "irresponsável e alarmista" a notícia e sublinhou a importância do programa que está em curso em mais de 1.600 aldeias do país, assegurando que a distribuição das golas antifumo não põe em causa nem o projeto nem a segurança das pessoas.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório