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O "momento mais gostoso" do Conselho Europeu que compensou "o menos doce"

Reunião do Conselho Europeu terminou em desacordo sobre a distribuição dos cargos nas instituições.

O "momento mais gostoso" do Conselho Europeu que compensou "o menos doce"
Notícias ao Minuto

13:22 - 21/06/19 por Melissa Lopes

Política Costa

A reunião do Conselho Europeu em Bruxelas terminou em desacordo sobre distribuição dos cargos nas instituições, mas António Costa preferiu destacar o momento “mais gostoso”, aquele que apelidou ainda de “estrategicamente mais importante”.

“O momento estrategicamente mais importante, mais gostoso deste Conselho, foi ter havido um acolhimento muito favorável ao conjunto do trabalho desenvolvido pelo Eurogrupo para concluir a reforma do mecanismo europeu de estabilidade”, disse o primeiro-ministro à saída da reunião.

António Costa destacou a importância de se avançar com o instrumento que tem sido “a grande batalha ao longo destes últimos três anos e meio” e que se destina a ajudar os países a convergir. 

“E hoje houve um acolhimento do trabalho que já foi desenvolvido pelo Eurogrupo, de construir este instrumento para o investimento e reformas, que permita aumentar o potencial de crescimento dos países que necessitam de convergir e melhorar a sua competitividade”, justificou, sublinhando que se trata de um instrumento que “completa os mecanismos que já temos no âmbito da política de coesão para poder financiar os investimentos que Portugal precisa de fazer, para melhorar a sua competitividade, para podermos convergir de um modo sustentado com a UE”.

O governante recordou que, entre 86 e 2000, Portugal teve sempre uma forte convergência com a UE e que a partir daí, entrou num longo período de divergência que “só foi interrompido em 2017, 2018 e que continua a ser em 2019”.

“Mas temos que, obviamente, criar as condições estruturais para que este processo de convergência possa ter continuidade. E para isso é preciso podermos fazer os investimentos certos”, sublinhou, considerando o orçamento do euro “completa também aquilo que é a mecânica própria da zona euro” e servirá para “darmos agora uma utilidade prática às recomendações específicas por país que são produzidos em cada exercício de semestre europeu”.

No caso de Portugal, destacou o primeiro-ministro, este mecanismo será importante para responder às recomendações feitas sobre a necessidade de se investir mais nas qualificações do conjunto dos nossos recursos humanos, investir mais na ferrovia, mais nas infraestruturas portuárias.

Na sua visão, "este resultado compensa largamente os momentos menos doces do Conselho". Já depois da declaração inicial, e respondendo aos jornalistas, António Costa admitiu que o desacordo em relação aos cargos da UE foi um momento “menos doce”, mas sustentou que há “relativa tranquilidade” em relação a isso, uma vez que “todos trabalhamos bem com a atual Comissão e todos nos reconhecemos no excelente trabalho de Juncker”.

“O que é preciso mudar é onde há desacordo, passar a haver acordo”, atirou, frisando que os pontos de "desacordo são todos". 

"O que é necessário encontrarmos é uma solução equilibrada de distribuição do conjunto dos principais postos na UE, tendo em conta aquilo que é a maioria existente no Conselho e no Parlamento, a necessidade de assegurar um equilíbrio de género e também o devido equilíbrio regional", detalhou, afirmando não ter ficado surpreendido com o facto de os candidatos não terem reunido maioria. 

"Não constitui para mim uma surpresa. Como nenhuma família tem a maioria, e por isso é bom ficar claro que o trabalho que tem de ser desenvolvido pelo presidente Tusk não é simplesmente olhar para a presidência da Comissão isoladamente, é necessário fazer um trabalho sobre o conjunto dos lugares a preencher". 

Questionado sobre se este processo foi conduzido da melhor forma, Costa respondeu que “o presidente Tusk fez o melhor que sabe e que entendeu ser o caminho necessário para procurar obter um resultado, mas nem sempre quem desenvolve esse esforço de mediação obtém os resultados desejados”.

Finalmente, Costa não vê "nenhuma razão" para descartar os três nomes que agora não reuniram maioria. "Seria um desperdício descartar alguns desses nomes à partida", notou. 

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