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Aumento de pensões "foi uma das três condições" para apoiar Governo

A cabeça de lista do BE às europeias, Marisa Matias, lembrou esta noite que o aumento das pensões "foi uma das três condições" colocadas pela líder do BE a António Costa para viabilizar a solução de Governo.

Aumento de pensões "foi uma das três condições" para apoiar Governo
Notícias ao Minuto

00:39 - 18/05/19 por Lusa

Política Marisa Matias

No comício da campanha para as eleições europeias de sexta-feira à noite, em Aveiro, Marisa Matias fez um discurso muito crítico sobre a "vergonha" que considera ser a questão fiscal na União Europeia e recordou que "há quatro anos a Comissão Europeia exigia um corte de 600 milhões de euros nas pensões" em Portugal, intenção que "rapidamente foi introduzida nos programas do PSD e do CDS".

"Não nos esquecemos que o PS prontamente se disponibilizou para congelar as pensões. Não nos esquecemos que o descongelamento das pensões e o aumento das pensões foi uma das três condições colocadas por Catarina Martins a António Costa para poder viabilizar a solução de governo. Não nos esquecemos, temos memória", destacou.

Os "esquemas fiscais que têm sido produzidos e alimentados" na União Europeia", segundo a eurodeputada recandidata do BE, "são os mesmos esquemas que têm permitido que Portugal perca, a cada ano, 780 milhões de euros em IRC para paraísos fiscais".

"Num país onde temos pensões tão baixas, onde as pensões mínimas estão bastante abaixo do salário mínimo, num país em que percebemos que há tanta pressão da União Europeia para não aumentar as pensões, percebemos também que perdemos, a cada ano, em fuga de IRC destas empresas o que seria equivalente a quase uma década de aumento extraordinário de pensões. É extraordinário não é, de tão injusto que é", criticou.

Em tom duro, Marisa Matias condenou que "na União Europeia, infelizmente, a fiscalidade é suposta ser uma matéria oculta".

"É uma espécie de guardião das caixas negras da criminalidade organizada porque ao manter tudo isto oculto, opaco e nesta espécie de caixas negras, nós permitimos que continue a alimentar-se esquemas do pior, desde o branqueamento de capitais e lavagem de dinheiro à corrupção propriamente dita, ao financiamento de terrorismo", elencou.

A eurodeputada do BE quer "tudo claro" e, exige ainda, que "as multinacionais e as grandes empresas paguem os impostos nos sítios onde geram os seus lucros".

"É assim e a criar emprego que se consolidam as contas públicas", defendeu.

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