"Afinal os professores são importantes"
Joaquim Jorge considera que António Costa “fez uma fuga para a frente, mas pode sair-lhe o tiro pela culatra”.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
O momento em Portugal é de dúvida em torno da governação.
Após PSD e CDS terem votado ao lado de Bloco de Esquerda e PCP na contagem da carreira dos docentes, o PS viu-se isolado à Esquerda e à Direita, com António Costa a abrir caminho a um cenário de eleições antecipadas.
Para Joaquim Jorge, este caso mostra-nos que, apesar de uma certa desvalorização da profissão, “afinal os professores são importantes”.
“António Costa estava em queda nas sondagens por culpa própria: o problema da família no governo, os cemitérios e ter criado falsas expectativas”, afirma o fundador do Clube dos Pensadores numa opinião veiculada ao Notícias ao Minuto.
“António Costa fez uma fuga para a frente, mas pode sair-lhe o tiro pela culatra”, acrescenta ainda Joaquim Jorge, que sugere ainda que “muitos portugueses são invejosos e acham que os professores ganham muito bem”, daí que o primeiro-ministro tente “virar a opinião pública contra os professores”.
“Irrita-me este ‘Big Brother’ da vida dos professores e do seu vencimento. Toda a gente em Portugal fala dos professores, o que fazem ou não fazem, o seu vencimento...”, acrescenta ainda Joaquim Jorge, que deixa ‘no ar’ a pergunta: “Porque não falam do dinheiro que ganham determinados comentadores na televisão que não passam de uns ignorantes e impreparados para discutir determinados temas?”.
“Os portugueses querem ter ensino público gratuito de qualidade e não querem pagar por isso”, acrescenta ainda, lembrando a importância da profissão.
“O melhor será no futuro não haver professores, profissão degradante e degradada por todos. Um professor numa escola é quase tudo, para além de ensinar, parece um bombeiro de serviço: amigo, confidente, pai, psicólogo, psiquiatra, pedagogo, polícia, ajudante, entre outros.
Que culpa têm os professores de serem muitos? Que culpa têm os professores de estarem a ficar com uma idade avançada?”, questiona.
Com ironia, Joaquim Jorge acrescenta ainda “a solução deste imbróglio com os professores”: “à triste conclusão que seria resolvido se metade morresse, deixava de haver despesa”, atirou.
“O tema central das próximas legislativas será o próximo governo assumir que vai procurar calendarizar no tempo os anos de serviço dos professores. Como já se viu António Costa é contra e pode perder as eleições, ao contrário do que dizem os pseudo-entendidos, que pode vencer com uma maioria absoluta, ele está a tentar minimizar danos".
"Este fait divers professores pode liquidar António Costa. Para bom entendedor meia palavra basta – Mário Nogueira arrumou com António Costa. Este diferendo Governo-Professores faz-me lembrar a peça teatral de William Shakespeare, ‘ A Comédia dos Erros’, com muita farsa à mistura", finaliza Joaquim Jorge.
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