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Manter privados no SNS é "lavar cara" à lei de bases da saúde da Direita

A coordenadora do BE avisou hoje que se a Esquerda aprovar uma Lei de Bases que mantém os privados dentro do Serviço Nacional de Saúde, "não estará a fazer mais do que a lavar a cara à lei da Direita".

Manter privados no SNS é "lavar cara" à lei de bases da saúde da Direita
Notícias ao Minuto

16:59 - 02/05/19 por Lusa

Política Bloco de Esquerda

A nova Lei de Bases da Saúde dominou a discussão tensa entre Catarina Martins e o primeiro-ministro, António Costa, no debate quinzenal de hoje, tendo a líder bloquista assumido que há "um problema político" que quer resolver com o chefe do executivo "dentro da maioria parlamentar que melhorou a vida das pessoas nesta legislatura".

"Se a Esquerda aprovar uma lei de bases que mantém os privados dentro do Serviço Nacional de Saúde, não estará a fazer mais do que a lavar a cara à lei da Direita, para que fique tudo na mesma e isso nem António Arnaut nem João Semedo nos perdoariam", atirou a coordenadora do BE.

Para António Costa, a escolha que o BE "tem que fazer é se quer manter em vigor a lei de bases de 1990, aprovada pela direita e que não se limita a manter as PPP, mas defende a promoção da concorrência entre o público e o privado" ou, por outro lado, "aprovar uma nova lei de bases que de uma vez por todas separe o público e privado e diga SNS é público e a sua gestão será sempre pública qualquer que seja a sua forma".

Avisando Catarina Martins de que "não vale a pena querer transformar a árvore na floresta", porque "as PPP no seu total representam 4,6% da despesa do SNS", ou seja, 450 milhões de euros, o primeiro-ministro deixou claro que em relação a estas parcerias aquilo que o PS defende não é um recuo, mas sim "um avanço" em relação à proposta do Governo.

"Senhor primeiro-ministro, foi a direita, contra o PS, que abriu esta porta. E o que hoje o PS está a pedir à Esquerda é que deixe a porta aberta para que a gestão privada se mantenha e possa até expandir-se no futuro, ao sabor das opções do momento. No fim de contas, o PS propõe à esquerda que, 30 anos depois e pela primeira vez, dê razão a Cavaco Silva e admita a lógica da privatização do SNS. Com o voto do Bloco, isso não acontecerá", avisou.

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