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Livre homenageia mortos na revolução e renomeia ruas

O partido Livre prestou hoje homenagem aos quatro civis que morreram durante a revolução dos cravos, em 25 de abril de 1974, colocando placas com os nomes destes homens nas cidades de Lisboa, Cacém e Odivelas.

Livre homenageia mortos na revolução e renomeia ruas
Notícias ao Minuto

11:40 - 25/04/19 por Lusa

Política 25 de Abril

Num comunicado enviado às redações, o partido refere que, "em homenagem a João Arruda, Fernando Giesteira, Fernando dos Reis e José Barneto, assassinados pela PIDE no dia 25 de abril de 1974, o Livre renomeou ruas destas cidades que ainda hoje estão ligadas ao antigo regime".

"A 25 de abril de 1974, quatro portugueses morreram na rua António Maria Cardoso, assassinados pela PIDE", é referido no comunicado, em que se lembra que esses cidadãos se encontravam "entre a multidão que rumou à sede da PIDE em Lisboa no dia 25 de abril e foram assassinados pelos disparos dos agentes", tendo sido "os únicos civis mortos da revolução dos cravos".

Para homenagear estes homens, o Livre "levou a cabo a substituição simbólica de nomes de ruas ainda ligados ao regime fascista em Lisboa, Cacém e Odivelas", por forma a não "deixar cair no esquecimento as balas disparadas na revolução de Abril e as suas vítimas".

Assim, a placa da Rua Professor Marcello Caetano, no Cacém, "passou a chamar-se" esta noite Rua Fernando Giesteira, a Alameda Cardeal Cerejeira, em Lisboa, ganhou o nome Alameda José Barneto, a Rua Craveiro Lopes, em Odivelas, chama-se hoje Rua Fernando dos Reis, e a Avenida Marechal Gomes da Costa é agora a Avenida João Arruda.

"Estas cidades acordaram assim com uma toponímia mais digna da nossa memória", salienta o Livre.

Num vídeo disponibilizado pelo partido, é visível que nas várias placas colocadas leem-se os nomes dos homenageados, e por baixo, a mensagem "Assassinado pela PIDE, 25-04-1974".

O partido fundado por Rui Tavares considera que os nomes atribuídos às "ruas, praças, avenidas e travessas" permitem que a sociedade não esqueça aqueles que deve homenagear.

"Quarenta e cinco anos depois, e apesar de várias iniciativas de cidadãos a apelar à Câmara Municipal de Lisboa, é inexplicável que o sacrifício pela liberdade destes quatro portugueses não esteja devidamente assinalado na toponímia do país", lê-se na nota.

Por isso, assinala o Livre, "quarenta e cinco anos depois" da revolução, esta "é a homenagem que se impõe".

"Relembremos os heróis esquecidos da revolução e reforcemos o apelo para que sejam inscritos, com toda a justiça, na toponímia do país", salienta.

Durante o dia de hoje, o Livre vai também prestar uma homenagem às quatro vítimas assassinadas pela PIDE, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.

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